quarta-feira, dezembro 11, 2024
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Traído pelo PL e Eduardo Bolsonaro, Tiririca desiste de candidatura

Tiririca afirmou que o Partido Liberal (PL) esperou o fim da janela partidária para tirar o número que o ajudou a se eleger por três mandatos seguidos, entregando-o ao filho do presidente da República

BRASÍLIA –  Deputado federal entre os mais votados de São Paulo por vários anos, o comediante Tiririca (PL) anunciou nesta terça-feira (24) que desistiu de se candidatar à reeleição neste ano, após a legenda dele, o Partido Liberal, entregar o número que era dele nas urnas para o também deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República.

Tiririca afirmou que se sente “traído e desgostoso” com o PL por causa do ato e disse que não foi comunicado oficialmente da decisão pela legenda comandada por Valdemar Costa Neto.

“Foi uma covardia o que fizeram. Estou muito chateado e me sinto desrespeitado. Já decidi que não sairei candidato neste ano”, afirmou.

 “Achei um gesto desrespeitoso. Por três anos seguidos o número foi meu e conquistei votações expressivas, elegendo vários membros do partido junto comigo. Fiquei sabendo por terceiros que o número foi dado ao filho do Bolsonaro, e eles até agora não me procuraram para dar uma justificativa”, declarou Tiririca.

MAIS VOTADO

Eleito pela primeira vez em 2010 fazendo piadas no horário eleitoral e chamando o eleitor de “abestado”, um dos seus bordões da carreira de palhaço e humorista, Tiririca chegou a ser o deputado mais votado do país naquele ano, conquistando 1,3 milhão de votos.

Apesar de ter mantido o número 2222 na urna nas eleições seguintes, os votos direcionados a ele foram diminuindo e chegaram a 445 mil no pleito de 2018.

“O meu número é uma marca superdivulgada e associada a mim. Apesar de alguns colegas dizerem que número não elege parlamentar, eu me pergunto por que não deram então outro número para o filho do presidente da República?”, declarou o deputado.

“Depois de ter feito tanto pelo partido, me sinto traído porque esperaram o fim da janela partidária para que eu não pudesse migrar para outro partido. Lamento muito essa falta de ética”, afirmou.

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