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Polícia Federal não descarta mandante no caso Bruno e Dom

Delegado da PF no Amazonas, Eduardo Fontes, deu novas declarações sobre as investigações dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips

MANAUS – Novas declarações feitas pelo superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Eduardo Fontes, não descartam um envolvimento de um mandante na morte do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.

“É possível ter um mandante. A investigação ainda está em andamento, mas a gente está apurando tudo e nós não vamos deixar nenhuma linha investigativa de lado e vamos apurar de forma técnica e segura para dizer o que efetivamente aconteceu e o que não aconteceu”, disse o delegado da

No dia 17 de junho, a PF divulgou que as investigações sobre a morte de Bruno e Dom apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime.

A nota divulgada pelo comitê de crise, coordenado pela PF, diz que a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas as investigações “apontam que os executores agiram sozinhos”.

EMBARCAÇÃO

Na manhã de quinta-feira (23), os peritos foram até o galpão onde a lancha está guardada, em Atalaia de Norte. Além do casco da embarcação, foram analisados o motor e galões de gasolina.

A polícia localizou a lancha, no domingo (19), no fundo do rio Itacoaí. A embarcação estava a cerca de 20 metros de profundidade, emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação, a uma distância de 30 metros da margem direita do rio.

Os peritos vão tentar identificar vestígios de sangue, amassados e marcas de tiro na embarcação para refazer a dinâmica do crime. O laudo deve sair em ate 30 dias.

CORPOS

Em Brasília, a perícia liberou os corpos de Bruno e Dom para os familiares.

O avião com o corpo de Dom chegou ao Rio de Janeiro no fim da tarde de quinta-feira (23). Familiares estavam à espera. A cremação acontece no domingo (26).

O velório e o enterro de Bruno ocorreram na sexta-feira (24), em Paulista, na região metropolitana de Recife.

4º SUSPEITO

Em São Paulo, Gabriel Pereira Dantas se apresentou em uma delegacia. Ele afirmou que participou dos assassinatos, juntamente com Amarildo da Costa de Oliveira, o irmão dele, Oseney, e Jefferson da Silva Lima, que estão presos.

A Justiça de São Paulo mandou o pedido de prisão da polícia para ser avaliado pela juíza responsável pela condução do caso, em Atalaia do Norte.

OUTROS PRESOS

Também estão presos: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime; Oseney da Costa, o “Dos Santos”, irmão de Amarildo; Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, que apontou para polícia o local onde a lancha usada por Bruno e Dom foi afundada, no rio Itaquaí.

MOTIVAÇÃO

A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal e tráfico de drogas na região. Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: desmatamento e avanço do garimpo.

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