Cidades

IPTU de Ipatinga: a posição do governo antes e depois

(*) Fernando Benedito Jr.

Diante da gritaria geral contra o aumento do IPTU em Ipatinga, a administração municipal veio a público manifestar sua disposição de revisar os valores cobrados. Mas, sobre certas coisas é melhor se calar, sob o risco de parecer muito hipócrita. A outra opção é usar a velha frase: “Eu não sabia”.

Por si só a iniciativa, antes de ser demagógica, é um reconhecimento da exorbitância dos valores, mas tentam dourar a pílula. O governo afirma que desde 1998 o tributo não era devidamente cobrado pois faltava um levantamento real sobre os imóveis da cidade. Um levantamento que foi duramente criticado por Gustavo Nunes em campanha. Muitos imóveis foram ampliados, aumentaram os pavimentos, os andares, as portas, etc, o que justifica o aumento do valor. O IPTU é também um imposto muito importante para a realização de obras e serviços na cidade. Sem ele, muita coisa deixa de ser feita. É o que se sabe. Mais uma vez, melhor calar.

Um vídeo que vale a pena conferir:

https://fb.watch/bO509mstqT/

Mas não foi nada disso que o prefeito Gustavo Nunes disse em campanha. Ao contrário, era radicalmente contrário ao aumento de IPTU (ver vídeo), iria romper o contrato com a Copasa, com a Cemig, com o Sol e a Lua, as relações eternas com a Infrater (não dá nem para saber se outras empresas fariam jardinagem melhor que eles), entre outras medidas inovadoras que o jovem vereador faria quando prefeito.

O novo ficou velho rapidamente. Cheio de contradições e, infelizmente, nada se pode fazer. O governo está de pés e mãos atadas. Mas nada o impede de revisar os valores cobrados. Basta aos cidadãos procurarem os canais virtuais que a Prefeitura colocou à disposição dos reclamantes.

E boa sorte.

(*) Fernando Benedito Jr. é editor do DP.

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