FABRICIANO – O ex-vereador Marcos da Luz lamentou ontem o falecimento do amigo “Miro da Banda”, o ex-vereador e ex-vice-prefeito de Coronel Fabriciano Clodomiro de Jesus. Segundo ele, o corpo foi velado nesta quinta-feira na capela do Cemitério Municipal Senhor do Bonfim e o sepultamento ocorreu às 14 horas.
Próximo de completar 87 anos, natural de São João de Cubas, distrito da cidade de Ferros-MG, Clodomiro ingressou na vida política em 1967, exercendo o cargo de vereador por dois mandatos. Em 1976, Miro foi eleito para o cargo de vice-prefeito, numa dobradinha com o prefeito eleito Mariano Pires Pontes (Tio Dôca), para o período de 1977 a 1982.
PROJETOS CULTURAIS
São de sua autoria: a Lei Municipal nº 1.041/67 que criou a Biblioteca Pública Municipal Professora Mariana Roque Pires; a resolução de nº 02/84, que criou a Biblioteca da Câmara Municipal; a Lei nº 1.799/84 que criou o Museu Histórico Municipal de Coronel Fabriciano; a lei nº 2.097/88, que organiza a proteção do Patrimônio Cultural do Município de Coronel Fabriciano. “No cargo de vice-prefeito, conseguimos fazer uma campanha vitoriosa em benefício da Corporação Musical Nossa Senhora Auxiliadora e construir a sua sede própria na Rua José Cirino, no bairro dos Professores, da qual fui também seu presidente por vários mandatos”, afirmou recentemente o próprio Miro.
MÚSICO EXPERIENTE
Miro era o mais experiente músico da Corporação Musical de Cel. Fabriciano e se orgulhava por dedicar sua vida à música. Tocava sax há mais de 60 anos. “Faço parte da história da Banda. Vivencio a maioria dos dias do ano nos trabalhos e ensaios. Contribuí com a construção da Sede da Banda e nos trabalhos na diretoria. Fico muito feliz em poder levar o nome e a história da cidade de Coronel Fabriciano para outras cidades e regiões”, disse Miro em recente entrevista.
HOMENAGEM
No ano de 2020, o ex-vereador Marcos da Luz homenageou o colega com o Projeto de Lei nº 3118/2020, denominando a Lei nº 3.833/2013, que estabelece normas de proteção ao Patrimônio Cultural do Município de Coronel Fabriciano, “Lei Clodomiro de Jesus – Miro da Banda”.
A ideia foi homenagear um dos principais ativistas culturais da cidade das últimas décadas. “O objetivo foi denominar a Lei com o nome do seu autor original, pois foi ele o responsável pelo pontapé inicial na política municipal de proteção ao Patrimônio Cultural em nossa cidade, não só com a Lei 2097/88, mas também com a Lei de Criação do Museu Municipal, ainda em 1984, merecendo ser resguardada esta originalidade”, enfatiza.
