Cidades

Secretário do Estado visita obra e diz que hospital abre este mês

O subsecretário Maurício Botelho durante visita ao Hospital São Camilo, em Coronel Fabriciano, nesta quinta-feira

 

FABRICIANO – Depois de postergar a data oficial de reabertura do Hospital São Camilo, antigo Hospital Siderúrgica, por diversas vezes, o governo estadual anunciou nesta quinta-feira (16) que o pronto atendimento da unidade estará pronto para receber pacientes a partir do final do mês.
Maurício Botelho, subsecretário de Estado de Políticas e Ações em Saúde, esteve em Coronel Fabriciano para vistoriar as obras que se encontram em fase final. Além da emergência, serão liberados os leitos de UTI e de internação.
Seguindo o cronograma, na próxima semana serão iniciados os trabalhos de limpeza geral, instalação do mobiliário e dos equipamentos. Ambos já se encontram armazenados no Hospital.
A segunda etapa prevê o bloco cirúrgico, que será entregue em 60 dias. Para entregar o Hospital São Camilo aos moradores da microrregião de Coronel Fabriciano, o Governo de Minas investiu R$ 16,3 milhões, dos quais R$ 10,3 milhões na compra do antigo Siderúrgica, R$ 3,1 milhões nas obras de recuperação das instalações e mais R$ 2,9 milhões em equipamentos.
“Todo esse investimento foi necessário para reorganizar a assistência nesta microrregião”, assegurou o subsecretário, lembrando que com a reabertura do hospital, é preciso que a população fique atenta para não sobrecarregar a porta de entrada da instituição.
“No Hospital São Camilo, serão atendidos somente os casos considerados graves, urgentes, como ortopedia, clínicas obstétrica e pediátrica, por exemplo. Os pacientes serão atendidos pela gravidade e não pela ordem de chegada. Dessa forma, os pacientes serão identificados pelo Protocolo de Manchester, ou seja, os mais graves, pacientes identificados como “vermelhos”, terão prioridade.

TIMÓTEO
Outros atendimentos, não caracterizados como urgentes, a exemplo de consultas, continuarão a ser atendidos nas unidades de saúde mais próximas das residências dos usuários. “Já os casos de clínica médica e cirurgia também serão atendidos de forma microrregional no Hospital Vital Brazil”, alertou Botelho.
A diretora administrativa do Hospital São Camilo, Érica Dias, confirmou que o cronograma de obras está sendo cumprido, conforme acordado. “Estamos dentro do prazo previsto. O Governo do Estado tem nos dado todo o apoio para a sequência positiva das obras”, afirmou.
A desapropriação do antigo Hospital Siderúrgica foi concluída pelo Estado no dia 11 de janeiro de 2012. Entretanto, como a antiga mantenedora já havia encerrado suas atividades desde julho de 2011, o imóvel se encontrava fechado.
Concluído o processo de desapropriação, foi assinado um convênio entre a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Sociedade Beneficente São Camilo, que desde então passou a ser a mantenedora do hospital.
O convênio tem validade de cinco anos, podendo ser renovado se for de interesse das partes.

 

“Hospital privado foi único a se tornar público”, afirma Simões
Fabriciano
– Mesmo com todos os atropelos, o prefeito de Coronel Fabriciano Chico Simões (PT) afirmou que a reabertura do Hospital São Camilo representa o ganho de um governo municipal que tem compromisso com a saúde pública.
“Falei com a direção da mantenedora, que me garantiu o início do funcionamento até o final do mês. Isso é um grande passo para estabelecer a saúde pública e promover o acesso gratuito e universal. Vivemos por muito tempo a instabilidade de um hospital que abria e fechava. Agora isso se resolveu”, declarou.
Outra importante observação feita por Simões foi que nunca antes uma instituição privada foi comprada pelo governo estadual em Minas Gerais. “Tenho 61 anos e nunca soube de hospital que pertencia a três famílias e se tornou propriedade do povo. Acredito que isso nunca aconteceu no Estado, ou mesmo no País”, disse.

Enfrentamento
O prefeito relembrou que diante do fechamento do Hospital Siderúrgica, o município teve que acionar o Judiciário para resolver o impasse, juntamente com o Ministério Público.
“Mesmo sendo do mesmo partido que a presidenta Dilma, coloquei a União como ré no processo. Assim como fiz com o governo estadual e até mesmo com a Prefeitura. Os políticos precisam aprender a colocar compromisso com o eleitor em primeiro lugar. Não é porque sou amigo do governador que não posso cobrar dele sua responsabilidade. Esses deputados não têm coragem de se opor, como se mandassem o povo se danar”, criticou.


O prefeito Chico Simões lembrou que a ação do
município foi essencial para que o governo estadual
assumisse a gestão do Hospital de Fabriciano

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