Cidades

Ipatinga tem primeiro registro de candidatura

Rair Anício e Daniel Cristiano foram os primeiros candidatos a requererem o registro para disputa majoritária

 

IPATINGA – Os membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Daniel Cristiano Souza e Rair Anício Junior, foram os primeiros candidatos a prefeito e vice a requererem o registro de candidatura no cartório eleitoral da zona 131, na tarde de ontem (3).
Os postulantes já haviam tentado protocolar a documentação na segunda-feira (2). Mas, devido a problemas no novo sistema usado pela Justiça Eleitoral, os candidatos tiveram que tentar uma segunda vez.
Além da chapa majoritária, o PCB registrou o nome de dois candidatos a vereador: Geraldo Silvério Bastos (Geraldo Fumaça) e Jefferson de Matos Antunes (Jefão). O partido vai sozinho para a disputa eleitoral de outubro.
O candidato a prefeito Daniel Cristiano ressaltou que hoje o PCB é o único partido realmente de esquerda existente no município. A legenda completou neste ano 90 anos de fundação. Em Ipatinga, o diretório do município foi reorganizado em 2009.
“O partido não trabalha com filiação partidária, mas sim com a filosofia de militância para formar os quadros do partido. Filiamos por uma questão meramente burocrática. Internamente, fazemos intensos debates, e prevalece a decisão da maioria. Se a eleição fosse amanhã, venceríamos, pois no cartório eleitoral não tem nenhum registro. No jargão do esporte, o PCB ganharia por WO”, falou Daniel.
Sobre o cenário político, Daniel disse que os nomes colocados para a disputa de outubro são os mesmos que levaram Ipatinga para a instabilidade política nas eleições de 2008.
“Se os demais partidos estivessem realmente pensando num projeto para o município, deveriam lançar candidaturas próprias para enriquecer o debate em prol da cidade. Mas preferem fazer as ditas coligações no apagar da luzes, pensando apenas em projetos pessoais e em beneficiar um grupo restrito de pessoas e segmentos”, criticou.

REFLEXÃO
Rair, candidato a vice, ressaltou que o PCB optou por não fazer coligação com nenhum partido por não haver afinidade ideológica com as demais agremiações. “Não somos um partido eleitoreiro, que aparece apenas de dois em dois anos. Estamos presente na luta de classes, construção sindical, apoio aos profissionais da educação, enfim, na luta do trabalhador. Por isso, não fazemos coligações esdrúxulas”, avaliou.
O PCB vê as eleições como um momento de levar o eleitor a refletir criticamente. “Nós não acreditamos que esse processo seja democrático, ainda mais no cenário em que existem campanhas milionárias com grandes espaços na TV e no rádio, enquanto outros partidos não têm espaço para expor suas propostas para a cidade”, contou.

VOTO NULO

Nas eleições extemporâneas de 2010, o PCB articulou a campanha do voto nulo. Naquela ocasião, o partido não pôde lançar candidato próprio em virtude do curto prazo de regularização do diretório municipal. “Realizamos a campanha do voto nulo por entender que Ipatinga não tinha opção naquele momento, como não tem este ano. Fizemos a mobilização para incentivar a reflexão crítica do eleitor, não para fazer baderna ou bagunça”, explicou Rair.

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