Policia

PM prende 10 pessoas por roubo e receptação

Dos adolescentes conduzidos, quatro estariam ligados diretamente ao furto de uma loja   (Fotos: Gizelle Ferreira)

 

FABRICIANO – Pelo menos 10 pessoas, entre elas sete adolescentes de 14 a 17 anos, foram conduzidas à Delegacia de Polícia na noite de anteontem (2), acusadas de furto e receptação. Dos detidos, quatro menores estariam ligados diretamente a um roubo em uma loja na rua Duque de Caxias, 400, no Centro da cidade.
De acordo com a Polícia Militar, na tarde de segunda-feira (2), dois menores, um deles com um revólver calibre 38, e outro com uma réplica de pistola, entraram no estabelecimento comercial e anunciaram o assalto. Dois outros adolescentes ficaram do lado de fora, dando cobertura à ação.
Após o delito, os menores fugiram em direção ao bairro Nossa Senhora do Carmo, com uma sacola contendo bermudas, chinelo e R$ 44 em dinheiro roubado do caixa. Durante rastreamento, os menores acusados foram encontrados na rua Cinco, no Beco Onze. Outras seis pessoas foram detidas acusadas de envolvimento no furto. No local, havia mais três adolescentes e outros três rapazes acusados de estarem receptando os produtos que haviam sido furtados da loja.
Para a polícia, C.J.L., 21 anos, J.R.G., 23 anos e W.H.C.R, 23 anos, junto com os demais adolescentes encontrados são suspeitos do crime de receptação. “A mercadoria já estava sendo dividida entre os maiores, que alegaram que estavam fazendo a compra dos produtos”, disse o cabo Alberto, que participou da prisão dos acusados. Os donos da loja estimam que o prejuízo tenha sido de pelo menos R$ 3 mil.

LEITE
W.H.C, que foi preso no Beco Onze, se defendeu das acusações alegando que foi preso “à toa” e que “nada tinha a ver com o fato ocorrido”. Ele contou à reportagem do DIÁRIO POPULAR que foi procurado por C.J.L. e a mulher dele, que lhe pediram R$ 30 emprestados para comprar uma caixa de leite e que a quantia deveria ser levada mais tarde. “Ele (C.) mandou me avisar que estava chegando em casa, foi quando eu saí, encontrei J. na rua e chamei ele para ir comigo levar o dinheiro para comprar o leite. Aí os policiais apareceram lá e nos abordaram, falando que a gente estava envolvido no meio de assalto”, disse.
W. ainda afirmou que quando chegou à casa de C. não tinha ninguém. “Os menores que assaltaram a loja invadiram a casa de C., e eu, por já ter passagem antiga por tráfico, me mandaram ajoelhar. Também abordaram meu amigo J. E nem na residência nós entramos”, disse.

REFÉNS DOS MENORES
C., dono da casa onde foram encontrados os produtos furtados, contou a mesma história do “leite” para a reportagem. O acusado disse que quando chegou à residência encontrou a porta arrombada e os adolescentes já estavam lá dentro. Relatou ainda que ele e sua esposa foram ameaçados de morte pelos menores. “Eles mandaram a gente ficar calado e acabamos virando reféns dos menores, mas não reparei se eles estavam armados”, disse, repetindo que ele e seus amigos foram presos à toa. “Não sei porque ainda estou aqui, as vítimas já vieram cá e reconheceram os menores como os autores. Agora não sei como vou sair daqui, porque não tenho dinheiro para pagar fiança. Tenho duas ex-namoradas que estão grávidas, onde vou arranjar tanto dinheiro?”, questiona.


Acusados dizem que foram presos injustamente

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