Cidades

SindUTE apresenta denúncia de novo surto de Covid-19 em escola da rede municipal

Reunião com o CEREST discute contaminação em escolas da rede pública de ensino

IPATINGA – Após as várias denúncias e ações do Sind-UTE/MG acerca do surto de COVID-19 na Escola Municipal Evaldo Fontes, a coordenação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), Ipatinga, convocou reunião para apurar os fatos. Participaram da reunião representantes da Vigilância Sanitária do município, da SME, do Sintserp e da direção do Sind-UTE.

No encontro ocorrido na manhã desta terça-feira (25), o Sindicato apresentou relatos sobre a realidade que está acompanhando, em visitas diárias às escolas, com objetivo de verificar as condições de trabalho dos profissionais da Educação bem como a efetiva adoção das medidas de biossegurança nas unidades escolares.

Apontou que infelizmente o quadro encontrado somente reforça denúncias feitas anteriormente por esse sindicato:

. Pautada por interesses políticos imediatistas e pressões econômicas a volta ao ensino presencial nesse momento de gravíssima crise sanitária não foi acompanhada por medidas que medidas de biossegurança nas escolas eficazes. Sobre isso, constatamos que nem as adequações prescritas pela Vigilância Sanitária, por ocasião da tentativa de reabertura das escolas promovida em fevereiro deste ano, foram realizadas, ou seja, muitas escolas estão funcionando sem atender aos requisitos apontados pelo serviço de vigilância;

. Outro aspecto observado diz respeito à sobrecarga de trabalho exigida dos docentes, dos quais vem sendo exigido o atendimento aos grupos de estudantes que estão frequentando as escolas em revezamento com aqueles que estão em ensino remoto, aqueles cujas famílias optaram pelo ensino integralmente remoto. E quanto mais a SME se apercebe das dificuldades para promover o chamado ensino hibrido, mais faz crescer as cobranças, chegando a exigir alterações ilegais em relação à jornada de trabalho dos docentes.

EM PROFESSOR EVALDO FONTES

De acordo com o SindUTE, “o desprezo às questões que se vinculam à saúde dos trabalhadores teve notoriedade no episódio que envolveu trabalhadores da Escola Municipal Professor Evaldo Fontes. Logo após a reabertura a escola se tornou foco de contágio do vírus e ainda assim recebeu da Secretaria Municipal de Educação orientações para continuar funcionando normalmente. As atividades presenciais na escola somente foram suspensas quando já havia confirmado o contágio de 8 profissionais. Após 3 dias do fechamento da escola, em ato absurdamente irresponsável a SME  convocou todos os profissionais da escola- inclusive os comprovadamente já contaminados- para uma reunião presencial na qual foram informados de que deveriam continuar trabalhando presencialmente nas outras unidades da rede municipal em que também atuam”.

NOVA DENÚNCIA NA EM GERCY BENEVENUTO

O Sindicato informa que após ser chamado para apuração de fatos ligados ao surto de COVID na EM Evaldo Fontes, uma nova denúncia de foco de contágio em escola lhe foi apresentado. “Com documentação comprobatória o SindUTE denunciou que na Escola Municipal Gercy Benevenuto contabiliza, em duas semanas, 5 profissionais que tiveram sintomas e confirmaram, em exames médicos, a contaminação por COVID-19, fato para o qual até então a SME mante-se inerte, ao que tudo indica, esperando por nova tragédia”, denuncia a entidade.

O Sindicato vem recebendo denúncias do descaso da SME com a situação e descumprimento do preconizado em documentos científicos sobre a Covid-19.

Além disso, o sindicato também informou ao CEREST que a SME está obrigando os/as  trabalhadores/as da unidade que foi fechada a continuarem atuando presencialmente em outras unidades da rede. 

O Sindicato fez solicitação formal para que o CEREST acompanhe sobretudo neste momento,  as ações de vigilância e monitoramento dos fatores que têm impactado em adoecimento dos/as  trabalhadores/as em Educação de Ipatinga.

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