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PF intima Bolsonaro a depor sobre golpe armado por empresários no WhatsApp

SÃO PAULO – A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prestar depoimento no âmbito do inquérito que investiga um grupo de empresários suspeito de planejar um golpe de Estado no WhatsApp.

Bolsonaro deverá depor no dia 31 de agosto, mas a defesa do ex-presidente quer ter acesso aos autos antes dele ser ouvido.

A Polícia Federal quer o novo depoimento de Bolsonaro após a investigação localizar uma mensagem atribuída ao ex-presidente em que ele pede para que o empresário Meyer Nigri, dono da Tecnisa, compartilhe notícias falsas sobre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e em relação às urnas eletrônicas em grupos de WhatsApp.

COMPARTILHAMENTO

O documento mostra conversas de Nigri com um número identificado como ‘PR Bolsonaro 8’. PR seria a sigla para presidente da República. O número atribuído ao então presidente enviou ao empresário mensagens com fake news e ataques a ministros do Supremo e pede que o conteúdo seja repassado “ao máximo”.

Nigri afirma ter compartilhado com vários grupos uma das mensagens falsas, sobre uma fraude no sistema de votação brasileiro.

NEGATIVA

Bolsonaro nega que tenha integrado grupo com empresários que o apoiavam. Em entrevista à Jovem Pan News, o ex-presidente disse sentir “vergonha” de ter que falar novamente sobre esse assunto.

“Nunca participei desse grupo, trocava informações. Investigaram seis empresários, tiraram o restante e ficaram esses dois. Me chamaram para me ouvir sobre uma mensagem que compartilho que veio da imprensa. Não fui eu que escrevi, se for isso que estou pensando”, declarou.

O CASO

Em agosto de 2022, o site Metrópoles revelou a existência de um grupo de empresários bolsonaristas para arquitetar um golpe caso o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse as eleições.

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