sexta-feira, outubro 11, 2024
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Outdoors em Ipatinga celebram 100 mil mortes sob Bolsonaro

(*) Fernando Benedito Jr.

Publicidade em nome de comerciantes gera indignação nas redes sociais e entidades de classe se silenciam diante da polêmica

Apoiadores anônimos de Jair Bolsonaro espalharam placas de outdoors em apoio a seu governo genocida em vários pontos da cidade. Escondidos atrás de pseudo comerciantes que assinam a “homenagem” no momento em que o País atinge a dolorosa cifra de 100 mil mortos pela Covid-19, em grande parte uma mortalidade que poderia ter sido evitada se o governo central assumisse a sua responsabilidade no combate à pandemia, são na verdade uns salafrários covardes que não tem, coragem de assumir sua cumplicidade com o governo miliciano. O que tem feito o necrogoverno de Bolsonaro senão imprimir a marca da destruição e da morte entre o povo brasileiro? E não se trata unicamente da trágica ameaça provocada pela pandemia, mas da destruição amazônica, do desemprego, do genocídio dos povos indígenas e negro, da violência generalizada estimulada pelo governo armamentista, do atraso e das trevas na educação, na ciência, na saude. Até hoje, Bolsonaro não fez nenhum gesto de atenção aos mais pobres – o auxilio emergencial foi uma proposta da oposição aprovada pelo Congresso -, nada fez pelo comércio, pela indústria, pela redução da carga tributária e mesmo sua proposta de reforma beneficia apenas os ricos.

E ainda assim, comerciantes de Ipatinga enchem a cidades de placas em homenagem a Bolsonaro. Homenagem a que mesmo? À canalhice, à defesa de milicianos, da cloroquina, do retorno às atividades comerciais e a retomada da economia que vão causar mais mortes e atrasar ainda mais a retomada do desenvolvimento?

A cegueira ideológica dos estúpidos cúmplices deste fascismo genocida que toma conta do país precisa ter um paradeiro urgente. Enquanto isso, os vergonhosos e envergonhados apoiadores de Bolsonaro que utilizam genericamente os comerciantes para fazer apologia deste governo criminoso conseguem, no máximo, irritar a outra parcela da sociedade, grande por sinal, que não o apoia – e uma outra bem significativa, que o odeia. E aproveita para lançar a dúvida sobre quem teve tão antipática iniciativa. Até que se manifestem com clareza, parece que as entidades de classe dos comerciantes apoiam a homenagem ao genocida e ao genocídio.

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