segunda-feira, janeiro 13, 2025
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O poder neo-oligárquico

(*) Fernando Benedito Jr.

Só uma breve observação. Belém (PA) tornou-se um canteiro de obras em razão da COP 30, que será realizada na cidade no próximo ano. Uma avalanche de recursos do BNDES, Itaipu Binacional e outras fontes cai sobre a cidade em forma de intervenções urbanísticas e obras como o Porto do Futuro II. No controle de tudo está o governador Helder Barbalho (MDB), filho do senador Jader Barbalho (MDB) – que frequenta o Senado da República com breve interregno desde 1995 – e da deputada federal Elcione Therezinha Barbalho (MDB) – que ocupa uma cadeira na Câmara, sem muita visibilidade, desde 2007.

Helder vai compartilhar o gerenciamento dos recursos com o primo Igor Normando (MDB), recém eleito prefeito de Belém. Na outra ponta está o ministro da Cidades do governo Lula, Jader Barbalho Filho (MDB), que, certamente, em função do cargo e dos interesses ecoambientais amazônicos, tapajônicos e irônicos irá supervisionar com carinho as obras em sua querida Belém.

No Pará, a família Barbalho é proprietária do Grupo RBA de Comunicação e do jornal Diário do Pará, e um dos acionistas da TV Tapajós, afiliada à Rede Globo. Informações locais garantem que a família também assumiu o controle dos jornais e emissoras de oposição.

Com algumas raras exceções, o Pará é um espelho do que acontece no Norte e Nordeste do País. E tudo devidamente normalizado.

(*) Fernando Benedito Jr. é editor do DP.

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