Mesmo na Onda Roxa número de contaminações diárias continuam altos, assim como taxa de ocupação de UTIs
IPATINGA – O Vale do Aço teve um final de semana marcado pela tragédia causada pelo número recorde de óbitos em decorrência da Covid-19. Só em Ipatinga foram registrados 12 óbitos no sábado e outros 5 no domingo, elevando do total de mortos para 488. O assassinato da enfermeira Priscila Cardoso foi outro fato que causou comoção social pela violência e frieza com que foi cometido.
Os boletins epidemiológicos da Prefeitura de Ipatinga no sábado (20) e no domingo evidenciam o colapso do sistema municipal de saúde. A UTI Covid-19 SUS com 45 vagas tinha 100% de ocupação e a UTI não Covid-19 SUS com 35 leitos tinha 32 ocupados (91%). A Enfermaria Covid-19 SUS, com 75 leitos, tinha 74 ocupados (99%) e a Enfermaria não Covid-19 SUS com 381 leitos tinha 334 ocupados (88%). No sábado, o total de óbitos era de 483.
No domingo (21), foram registrados outros 5 óbitos. Elevando o total para 488. A UTI Covid-19 SUS permanecia com 100% de lotação. A UTI não Covid-19, com 35 vagas, tinha 30 ocupadas (86%). A Enfermaria Covid 19 SUS com 75 leitos tinha 73 deles ocupados (97%) e a Enfermaria não Covid-19 SUS com 381 leitos tinha 314 ocupados (82%).
NÚMEROS
Até o último domingo (21), no Colar Metropolitano e RMVA do Vale do Aço, que reúne 28 cidades, havia contabilizado 1.256 mortos de Covid-19.
Destes, 35% são moradores de Ipatinga; 15% de Timóteo; e 14% de Fabriciano.
Estão morrendo mais homens – 55%.
Quase 20% são adultos de até 59 anos de idade.
NOVOS CASOS
Os casos confirmados de contaminação embora tenham apresentado uma queda de sábado para domingo continuam altos, considerando a decretação da Onda Roxa, que entra em seu 5º dia. No domingo, o total de casos confirmados era de 22.290, 44 a mais que sábado, quando se registrou 22.246, quando foram confirmados 82 casos em relação à sexta-feira, com 22.164 casos.
