IPATINGA – Em júri popular realizado nesta terça-feira (24) no Fórum de Ipatinga, a Justiça condenou a seis anos de reclusão Daniel do Nascimento Silva pelo assassinato de Marlon da Cruz Mendes, morto em agosto de 2009, aos 17 anos.
O jovem foi assassinado a pedradas e com uma facada no peito na madrugada do dia 16 de agosto e teve seu corpo encontrado por um vigilante às margens do Ribeirão Ipanema, próximo ao Centro Esportivo 7 de Outubro, no Veneza I. Testemunhas relataram que o jovem teria sido morto na avenida Pedro Linhares, perímetro urbano da BR-381, e teve seu corpo arrastado para o matagal.
Ainda conforme testemunhas anônimas, o autor do homicídio era Daniel do Nascimento, que foi localizado horas depois e levado preso ao Ceresp de Ipatinga. Em depoimento, ele assumiu a autoria do fato e disse que cometeu o crime por conta de dívidas de drogas que Marlon possuía com ele.
REINCIDENTE
O adolescente era usuário de crack e tinha diversas passagens por crimes como furto, roubo à mão armada e tráfico de drogas. No dia em que seu corpo foi localizado, os próprios militares que atenderam a ocorrência identificaram o menor.
Daniel foi acusado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado: fator surpresa, meio cruel e motivo torpe. No entanto, ontem, durante a sessão presidida pelo juiz Thiago Grazziane Gandra, da 1ª Vara Criminal de Ipatinga, o acusado foi condenado a seis anos e seis meses de reclusão por homicídio simples e ocultação de cadáver.
A defesa de Daniel ficou a cargo da defensora Leticia Fonseca Cunha, enquanto o Ministério Público teve como representante na acusação o promotor Bruno Jardini, da Comarca de Ipatinga. O réu, contudo, não compareceu ao próprio julgamento: ele se encontra foragido.