Cultura

Expectativa e busca diante dos padrões sociais

Foto: Cena do filme “Mulheres Perfeitas”, com Nicole Kidman

(*) Wanderson R. Monteiro

Hoje, mais do que nunca, vivemos em uma sociedade que vive completamente de aparências, quase ninguém vive o que realmente é. Todos, insatisfeitos com a realidade que se apresenta, vivem ostentando ser o que não são, enquanto seguem na busca incessante de tornar realidade suas projeções, e para atender às projeções de outros.

Envolvidos por um mundo movido a projeções e expectativas, tanto particulares como de outros, surgiu a necessidade da busca pelo corpo perfeito, pela mulher perfeita, pelo homem perfeito, esposa perfeita, marido perfeito, pais perfeitos, etc., e tantas outras coisas que foram tomadas como padrões, e que foram engessadas e estabelecidas como parâmetros de perfeição aos olhos da “sociedade”, os chamados padrões “modelo”, contribuindo assim, para essa corrida incessante das pessoas pela necessidade de aprovação diante de tais padrões, fazendo tudo o que é possível para poder entrar na forma que lhe fora apresentada

Por terem a autoestima baixa, muitas pessoas não medem esforços para corresponder às expectativas de outros, ou de algum grupo social, seja na família, com os amigos, na escola, na sua “tribo urbana”, no trabalho, na academia, etc.

Quantas pessoas, buscando aprovação, e atender as expectativas das outras pessoas, e a adesão em certos grupos, deixam de lado seus próprios princípios, e chegam a fazer coisas que elas mesmas abominariam, se não estivessem cegas em sua busca? Quantas pessoas desrespeitam os limites de seu próprio corpo e de sua saúde na busca do corpo perfeito, na busca de se igualar a padrões sem sentido? Que venhamos refletir sobre isso: necessitamos realmente da aprovação dos outros em tudo, e para tudo? As pessoas com necessidade de aprovação acreditam mais nas opiniões dos outros do que nas suas próprias.

Que não venhamos viver pela necessidade de aprovação dos outros para nos afirmarmos como pessoas. Podemos conviver com as pessoas, ter relacionamentos felizes, sem que tenhamos que neutralizar nossa personalidade. Precisamos voltar a ser espontâneos, agir, pensar, tomar decisões, fazer as coisas sem nos incomodar com a opinião dos outros e sem nos preocupar em nos enquadrar em algum tipo de padrão pré-estabelecido.

A beleza das pessoas não pode ser padronizada pelo formato do rosto, do corpo das/dos modelos, ou das roupas, jóias, e acessórios que usam, e tantas coisas mais que a mídia nos apresenta. Cada pessoa tem o seu valor. Cada pessoa é única e especial. Seja feliz com quem você é, sem se preocupar com a aprovação dos outros. Aprove a si mesmo (a), e seja feliz com suas próprias projeções e sonhos, tendo em mente que, as pessoas que realmente importam para nós nos amarão e nos aceitarão da maneira que nós somos.

(*) Wanderson R. Monteiro é bacharel em Teologia pelo ICP

São Sebastião do Anta – MG

dudu.slimpac2017@hotmail.com

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