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Delegado Tácio Muzzi é escolhido novo chefe da PF no Rio

Foto: Bolsonaro empossa, em ato restrito, o novo diretor geral da PF, Rolando de Souza

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O delegado Tácio Muzzi foi escolhido pelo novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, para comandar a superintendência da PF no Rio de Janeiro, disseram duas fontes próximas à escolha, e vai ocupar uma vaga de interesse direto do presidente Jair Bolsonaro.

O comando da PF no Rio estava em aberto após a indicação do então superintende, Carlos Henrique Oliveira, para o cargo de número 2 dá cúpula da Polícia Federal em Brasília por Souza logo após assumir o cargo de diretor-geral nesta semana.

O delegado Muzzi já ocupou interinamente o comando da PF no Rio durante períodos de troca de comando, e atuou em investigações ligadas a operações da força-tarefa da Lava Jato no Estado. Ele também trabalhou no Ministério da Justiça no governo Temer, no departamento de recuperação de ativos e cooperação internacional.

“Muzzi foi o escolhido”, disse uma das fontes. Outra fonte confirmou: “Será ele, falta o anúncio oficial.”

O comando da PF no Rio de Janeiro foi um dos motivos do embate entre Bolsonaro e o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que pediu demissão no mês passado acusando o presidente de tentativa de interferência política no órgão.

Em depoimento prestado no sábado, em Curitiba (PR), no âmbito da investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as acusações que fez, Moro informou ter recebido uma mensagem de Bolsonaro em que ele cobrava a substituição do superintendente da PF no Rio.

De acordo com Moro a mensagem enviada por Bolsonaro via WhatsApp tinha “mais ou menos” o seguinte teor: “Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro.”

A família Bolsonaro tem sua base eleitoral no Estado do Rio de Janeiro, o que foi apontado pelo presidente, em entrevista a jornalistas, como o motivo para ter interesse direto no comando da PF no Rio.

A Polícia Federal do Rio esteve envolvida em investigações sobre suspeita de irregularidades financeiras envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, que é filho do presidente, e também apurou uma citação a Bolsonaro por um ex-porteiro nas investigações sobre a morte da ex-vereadora Marielle Franco.

Procurada, a PF fluminense informou que só vai se manifestar sobre o novo superintendente quando houver a nomeação proveniente de Brasília.

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