Curta-metragem “Um Olhar para a Maternidade”, de Patrícia Araújo, será exibido nesta sexta na Praça da Estação
FABRICIANO – O Curta Vitória a Minas II exibirá em sessão gratuita ao ar livre ficções e documentários feitos por moradores de cidades capixabas e mineiras que se desenvolveram no entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas. O curta-metragem “Um Olhar para a Maternidade”, da diretora Patrícia Araújo, moradora da cidade, é a atração principal da telona, às 19h30, na Praça da Estação, em Coronel Fabriciano.
INSPIRAÇÃO
A informação, a solidariedade e o acolhimento podem ajudar mulheres em situação de vulnerabilidade social a abraçar a maternidade mesmo diante das dificuldades. Essa é a inspiração para o filme “Um Olhar para a Maternidade”, da diretora Patrícia Araújo Azevedo Alves, que será lançado nesta sexta-feira (14) durante sessão de cinema gratuita ao ar livre do Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas II. A obra integra a coletânea de ficções e documentários feitos por moradores de cidades que se desenvolveram no entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas. O lançamento do curta-metragem acontecerá nesta sexta-feira (14/07), às 19h30, na Praça da Estação, no município de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais.
EQUIPAMENTO
Um caminhão-cinema equipado com uma estrutura com telona de 9×6 metros, projetores, sistema de sonorização e cadeiras para acomodar os espectadores exibirá as obras de curta-metragem feitas com o envolvimento das comunidades dos municípios participantes.
CIRCUITO
O circuito de exibição foi aberto em Aracruz (04/07), passou por Ibiraçu (05/07), João Neiva (06/07), Colatina (07/07) e Baixo Guandu (08/07), no Espírito Santo. Em terras mineiras, a caravana apresentou a mostra em Aimorés (09/07), aterrissa em Ipatinga (12/07) e Naque (13/07). O caminhão desembarcará em Coronel Fabriciano (14/07) e, depois, seguirá para Nova Era (15/07), também em Minas Gerais, para a última parada. Em cada sessão, a comunidade assiste ao curta-metragem do lugar e a obras feitas por outros autores selecionados.
O projeto é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal e, em Coronel Fabriciano, conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano.
Saiba um pouco sobre a obra e a diretora
Com roteiro, direção e produção de Patrícia Araújo, “Um Olhar para a Maternidade” resgata histórias de gestantes em situação de vulnerabilidade social acompanhadas pelo Projeto Acolher desenvolvido pelo Instituto Brasileiro Missão de Mãe (IBM Mãe). Mulheres de diferentes idades chegam ao serviço. Algumas carregam problemas como baixa autoestima, insegurança, medo, desinformação, conflitos familiares e, muitas vezes, acumulam situações como a violência física, emocional e psicológica. A ideia de realizar um documentário para mostrar a realidade destas gestantes era um sonho da diretora desde que chegou ao trabalho social.
A chance de ajudar mulheres lhe deu força para encarar um trauma. Patrícia perdeu a mãe um mês antes de descobrir que estava grávida da sua primeira filha. Dor e alegria se misturaram durante a gravidez marcada por complicações de pressão alta que quase a levaram à morte no parto. Acometida pela tristeza e o pavor, a contadora ficou três anos sem trabalhar. Ao se tornar voluntária, tudo se transformou.
VOLTA POR CIMA
A entidade estava prestes a perder a estrutura física quando ela abrigou a instituição na garagem da sua casa até a transferência para um espaço alugado pago por uma igreja. Hoje, o Instituto Brasileiro Missão de Mãe (IBM Mãe) oferece às gestantes um espaço para acolhimento e proteção, com rodas de conversa com psicóloga, psicoterapia individual, oficinas de artesanato, palestras educativas (aleitamento materno, depressão pós-parto, parto humanizado), e o acompanhamento domiciliar nos seis meses após o parto.
A oportunidade de transformar em filme as histórias de luta e superação das gestantes em situação de vulnerabilidade social reacendeu a esperança e a motivação da contadora em continuar o trabalho de orientação e acolhimento. “Foi maravilhoso fazer o filme na comunidade em que eu nasci, contar um pouco sobre a vida e o cotidiano de mães adolescentes, que engravidaram aos 17 anos, poder ver o amor delas por estas crianças, apesar das dificuldades e das situações financeiras difíceis que elas vivem, e poder expressar o cuidado que o projeto tem com essas mães”, celebra Patricia.