Cultura

Cinedocumenta abre programação com oficina de audiovisual no Contém Cultura

PERIQUITO – O Contém Cultura está sediando, desde ontem (18), uma oficina de Realização de Curta, ministrada pelos cineastas Luiz Carlos Lacerda e Alisson Prodlik. O curso, que vai até o próximo dia 22, foi lançado na manhã de ontem, com a participação de alunos da rede pública de ensino de Periquito, público-alvo da iniciativa.

As aulas têm como objetivo instrumentalizar essa turma para a realização de um documentário de curta-metragem, que será exibido às 18h30 do próximo sábado, na sala do Contém Cultura, durante o encerramento da Cinedocumenta.

A sessão ganhará sequência com um debate entre os cineastas Sávio Tarso, Joel Pizzini, Juliana Domingos e Ricardo Dias, diretor de Fé, outro filme que será exibido nesse dia. A obra enfoca diferentes manifestações da religiosidade no Brasil.

BEM REPRESENTADA

Segundo Éderson Caldas, idealizador e realizador da Cinedocumenta, a Mostra está muito bem representada pelas cidades que recebem o evento, por sua equipe de produção e pelos alunos da oficina. “Esse fazer cinema que a Cinedocumenta propõe é um dos seus principais propósitos, bem como formar público para as produções nacionais que não ‘frequentam’ o circuito comercial. Essas cidades assimilam bem o sentido da nossa iniciativa”, destacou Éderson, enfatizando ainda que é ótimo poder conectar a Cinedocumenta com o Contém Cultura, ambos projetos patrocinados pela Cenibra.

Geraldo Godoy, prefeito de Periquito, recebeu o lançamento da Cinedocumenta na cidade como um presente. “Eu não imaginava que pudéssemos ver um evento tão importante como esse aqui. Graças à Cenibra, pudemos ter mais esse incentivo para a nossa cultura local, assim como o Contém Cultura”.

INVESTIMENTO

Em seu pronunciamento, a coordenadora de Comunicação Corporativa e Relações Institucionais da Cenibra, Leida Horst, disse que patrocinar a Cinedocumenta, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, é um privilégio para a empresa. “Nós nos sentimos honrados por participar de um projeto desse quilate, que vem agregar para o Instituto Cenibra, para a comunidade, para a educação”.

Só neste ano, segundo Leida, a Cenibra investiu mais de R$ 4 milhões, via Lei Rouanet, em projetos destinados a municípios de sua atuação.

VOCAÇÃO

O cineasta Luiz Carlos Lacerda disse que a iniciativa vem despertar na comunidade o desejo de desenvolver sua vocação para a arte, a cultura e traçar novos caminhos para o município, proporcionar novos aprendizados para a população. “A Cinedocumenta, por seu caráter educativo, é um universo que se abre. A oficina torna acessível a linguagem do cinema, da dramaturgia”.

Arlisson Prodlik, que teve seu filme O Grande Reinado exibido durante o primeiro dia de oficina, destacou a importância da formação de realizadores em um momento em que a tecnologia torna viável a produção de cinema. “Com um celular, você pode fazer ótimos filmes, sem depender de uma grande estrutura”, observa.

EU MAIOR

Na quarta-feira, no Teatro do Centro Cultural Usiminas, foi realizada a abertura oficial da Cinedocumenta, com a exibição do filme Eu Maior. A sessão contou com presença de seu diretor, o paulistano Fernando Schultz. Em seguida, o cineasta participará de um debate com Sávio Tarso e Yoshiko Honda.

O documentário Eu Maior é uma reflexão coletiva através de entrevistas com pessoas de diferentes áreas de atuação. Elas falam sobre questões da sociedade contemporânea e a busca pela felicidade.

Nesta quinta, no Parque Multifuncional da Cenibra, em Belo Oriente, às 9h, foi exibido Kabadio, filme do carioca Daniel Leite sobre um vilarejo muçulmano considerado uma espécie de éden místico protegido por líderes religiosos.

Às 14h, entrou em cena Bruxarias, da porto-alegrense Virgínia Curiá. O filme conta a história de Malva, de sua avó e seu bichinho de estimação em uma caravana de vendas de produtos medicinais. Suas fórmulas são um segredo ancestral guardado pela família.

AFRO-INDÍGENA

Ainda no Parque Funcional, serão realizadas outras duas sessões cinematográficas. No dia 21, às 9h, os curtas Pelos galhos de Jurema, produção pernambucana, e Pena e Maracá, do Rio de Janeiro, serão a atração da Cinedocumenta. O primeiro fala sobre tradições religiosas de origem afro-indígena; o segundo, sobre o poder da Pajelança Cabocla, tradição da Ilha de Marajó.

Às 14h, será exibido o filme Benção, que vem da capital mineira. A obra conta a história da benzedeira Dona Dalila, de 97 anos. Em seguida, será a vez de Data Limite ser exibido. O filme, de São Paulo, descreve revelações do médium Chico Xavier.

A Cinedocumenta tem entrada franca, A Mostra conta com o patrocínio da Cenibra, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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