Município apresenta taxas de transmissibilidade e letalidade declinantes, em paralelo com alto índice de pacientes curados; Desafio maior é baixar ainda mais a ocupação de UTI’s
IPATINGA – Há cinco meses, a Administração de Ipatinga vem realizando uma série de ações pontuais e combinadas que buscam minimizar os impactos da pandemia de Covid-19 no município. E, nesta terça-feira (21), a Secretaria de Saúde divulgou em tom alentador alguns números extremamente positivos alcançados graças aos esforços e à estrutura organizacional estabelecida pelo poder público no combate à doença.
QUEDA DE CASOS
O prefeito Nardyello Rocha atribui esses números positivos a inúmeras ações que se revelaram objetivas e eficientes em suas propostas.
“Recebi com muita alegria e com muita responsabilidade a exposição dos novos índices que Ipatinga tem apresentado referentes à Covid-19. Neste momento considerado o pico da doença, como vem sendo divulgado pelas autoridades da área, o nosso município conseguiu alcançar resultados bastante animadores. Enquanto na maior parte do país os níveis de contaminação seguem em elevação, em Ipatinga estamos com o gráfico decrescente no que diz respeito à taxa de transmissibilidade. Além disso, acompanham esta mesma tendência os registros de casos positivos semanais e, ainda, a taxa de letalidade. O que continua aumentando é o número de curados, o que é motivo de celebração. Se os números permanecerem estáveis como estão, isso possibilitará à Administração municipal, em curto espaço de tempo, ampliar as medidas de flexibilização em relação às atividades econômicas”, disse o chefe do Executivo.
RT
Em pouco mais de 40 dias, a cidade reduziu de forma significativa o indicador que define o grau de transmissibilidade de infecção (RT) pelo Coronavírus. No início do mês de junho, o índice estava em 1,99 (considerado o pior do Estado naquele período). Já no início do mês de julho, ele foi achatado para 1,09. E na última semana, entre os dias 12 e 18 de julho, esse percentual caiu ainda mais, descendo a 0,89.
O indicador que define o grau de transmissibilidade de infecção (RT) do novo Coronavírus em Ipatinga está estável. Ou seja, para cada doente, registra-se menos de um caso secundário.
CURADOS
Ipatinga também registrou, na última semana (entre 12 e 18/7), o maior índice de pacientes curados desde o início da pandemia.
Dos 4.645 pacientes confirmados com Coronavírus no município, desde o início da pandemia, Ipatinga chegou até o dia 20 de julho à marca de 3.856 curados. O número representa a recuperação de nada menos que 83% dos infectados.
A média de curados na cidade é bastante superior aos números nacionais. Nesta terça-feira (21), o Ministério da Saúde registrou o total de 1.409.212 pessoas curadas do Coronavírus em todo o país, o que representa quase 67% dos infectados confirmados positivos.
LETALIDADE
A taxa de letalidade ou coeficiente de letalidade é a proporção do número de mortes em relação aos infectados por uma doença, que neste caso específico é a Covid-19.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Ipatinga vive um platô na curva de mortes em função da Covid-19. O termo é utilizado pelas autoridades da área quando há uma estabilização da evolução dos índices.
A taxa de letalidade pela doença na cidade, que hoje é de 1,6%, está muito abaixo da média nacional, que atinge o patamar de 4%.
REDUÇÃO
Nas últimas semanas, também tem reduzido significativamente o número de casos positivos para a doença em Ipatinga. Entre os dias 28 de junho e 4 de julho, a média de confirmação semanal para a doença foi de 1.023. Contudo, na semana seguinte, entre os dias 5 e 11 de julho, caiu para 920. Na última métrica, entre os dias 12 e 18 de julho, esse registro declinou ainda mais, baixando para 822 pessoas positivadas pelo novo Coronavírus.
TODO CUIDADO É POUCO
A Secretária Municipal de Saúde, Érica Dias, comemora os bons resultados atingidos nos últimos dias, mas segue alertando a população quanto à necessidade de cumprimento das medidas de restrição e segurança em relação à doença.
“Temos vários motivos para nos alegrar, pois nesta luta contra essa doença traiçoeira e que pouco conhecemos, vários desafios já foram superados. Mas isso não quer dizer que podemos relaxar no que diz respeito aos cuidados para impedir a proliferação da doença. Hoje a nossa taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid-19 SUS ainda está em mais de 90%. Isto quer dizer que há muito trabalho pela frente, pois precisamos alcançar o patamar de 60% de ocupação. Mas esta Administração não tem medido esforços para atingir mais essa meta”, assegurou a titular da pasta.