terça-feira, dezembro 10, 2024
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Sambódromo exalta origens e religiões afro

Paolla Oliveira encarna Exu à frente da bateria da Acadêmicos da Grande Rio

Cinco das seis últimas escolas do grupo especial que desfilaram no sábado abordaram temas sobre a formação do Brasil; Unidos da Vila Isabel homenageou Martinho da Vila

RIO – O Grupo Especial retornou ao Sambódromo com as últimas seis escolas a desfilar no carnaval 2022. A Paraíso do Tuiuti, de São Cristóvão, na zona norte da cidade, entrou na avenida Marquês de Sapucaí, às 22h.

Com o enredo “Ka ríba tí ye”, a escola é mais uma do grupo especial a exaltar a cultura e personalidades negras, assim como fizeram o Salgueiro e a Beija-Flor no primeiro dia de desfiles. Em busca do título inédito, a agremiação levará para a avenida uma homenagem aos homens e mulheres negros que marcaram a história da humanidade através da determinação, da beleza e do conhecimento.

PORTELA

A grande campeã do carnaval carioca, a Portela, que ostenta 22 títulos, traz um enredo sobre o baobá (Igi Osè Baobá), que é chamada de árvore da vida pelos africanos e que pode viver mais de 5 mil anos. A agremiação de Madureira, na zona norte do Rio, falará sobre o simbolismo da planta como uma árvore de resistência e de conexão com a ancestralidade do povo africano.

MOCIDADE

A Mocidade Independente de Padre Miguel, da zona oeste da cidade, será a terceira escola a pisar na Marquês de Sapucaí, em busca de seu sétimo título no carnaval. O enredo “O batuque do caçador” falará sobre Oxóssi, orixá da caça e da alimentação, que tem o arco e a flecha como seus símbolos.

UNIDOS DA TIJUCA

Com o enredo “Waranã: a reexistência vermelha”, a Unidos da Tijuca desfilará no Sambódromo em busca do quinto título exaltando o guaraná, planta usada tradicionalmente pela etnia indígena brasileira Sateré Mawé que conquistou todo o país.

ACADÊMICOS

A escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Acadêmicos do Grande Rio, apostou no enredo “Fala, majeté! Sete chaves de Exu”, sobre a entidade iorubá reverenciada no candomblé e na umbanda, mas demonizada pelas igrejas cristãs.

VILA ISABEL

A Unidos de Vila Isabel encerra o segundo dia de desfiles com o enredo “Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho”, uma homenagem ao sambista Martinho da Vila, um dos grandes artistas da música popular brasileira e também compositor de muitos sambas da agremiação da zona norte carioca, entre eles o de 2013 (quando a escola conquistou seu terceiro e último título).

Doze escolas disputam o título do Grupo Especial este ano. No primeiro dia, desfilaram Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, Viradouro e Beija-Flor.

A campeã e as outras cinco mais bem colocadas desfilam novamente no próximo sábado (30). A última colocada será rebaixada para a Série Ouro, a segunda divisão, que também desfila no Sambódromo.

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