Cidades

Greve na rede pública de educação em Ipatinga teve adesão de 70%, diz SindUTE

IPATINGA – A paralisação dos (as) trabalhadores (as) em educação da rede municipal de Ipatinga teve adesão de cerca de 70% dos profissionais, segundo informação da Subsede de Ipatinga do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE), que considerou o índice de adesão como uma manifestação de descontentamento com a política salarial do governo municipal. O Sindicato reivindica o pagamento do Piso Salarial de 14,95%, mas a Prefeitura ofereceu um reajuste de 6%.

DESCASO

A manifestação foi convocada, conforme Carta Aberta, divulgada pela entidade como forma de chamar a atenção da população para “o descaso e o desrespeito do governo municipal para com os profissionais da educação e a comunidade escolar”.

“Temos acompanhado e denunciado gravíssimos problemas na rede municipal de Ipatinga, como sobrecarga de trabalho, desvalorização e o adoecimento da categoria, gerando um cenário triste que precisa ser corrigido urgentemente pela Secretaria de Educação e o Governo Municipal”, destaca o Sindicato.

DENÚNCIAS

O SindUTE diz que tem recebido denúncias, inclusive, de turmas de educação infantil sem acompanhamento de professor, junção de turmas para atendimento pelo mesmo professor, aumentando ainda mais a sobrecarga do trabalhador e comprometendo o atendimento aos estudantes.

“A falta de profissionais nas escolas e a falta de cumprimento da Lei do Piso Salarial da Educação requerem providências urgentes por parte da Secretaria de Educação. O piso salarial é um direito dos profissionais da educação e o seu pagamento é obrigação do gestor”, reivindica a categoria.

PISO SALARIAL

O Sindicato esclarece ainda que este ano o reajuste do Piso Salarial é de 14,95% e os municípios recebem recursos específicos para cumprir a lei, mas a administração de Ipatinga ignora este fato e sequer apresenta proposta de reajuste em relação ao valor definido, mesmo tendo sido demonstrada a viabilidade orçamentária para cumprimento da legislação. “E, na contramão da valorização dos trabalhadores/as, acompanhamos manobras escusas com os recursos da Educação; não há transparência do governo sobre o destino desses recursos que pertencem aos trabalhadores/as da educação”, salienta a Carta.

OUTRO LADO

Em nota divulgada ontem a Secretaria Municipal de Educação (SME) diz que “entende e respeita o direito de manifestação previsto em lei. Gostaríamos de informar que o reajuste salarial para a categoria foi oficializado através da publicação da Lei nº 4.573, de 12 de maio de 2023”.

Segundo a SME, a lei, derivada de projeto do Executivo aprovado na Câmara de Vereadores, estabelece um aumento de 6% para os servidores, retroativo a janeiro de 2023. Além disso, o valor do auxílio-alimentação também foi reajustado para R$ 300, e o vale-lanche foi estipulado em R$ 100, ambos com correção retroativa a janeiro deste ano.

“A SME está comprometida em garantir melhores condições de trabalho e valorização dos profissionais da educação. Continuaremos abertos ao diálogo e empenhados em buscar soluções que atendam às demandas dos trabalhadores da área, buscando sempre o bem-estar e a qualidade da educação para todos os envolvidos”, conclui a nota.

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