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Com defesa salvadora nos pênaltis, Bárbara põe Seleção nas semifinais

Exato momento em que goleira Bárbara defendeu pênalti cobrado pela australiana Kennedy  (Superesportes)

BH – Foi sofrido! Foi com muita garra, luta e uma intensa participação da torcida presente no Mineirão. O estádio lotado vibrou com cada lance da Seleção Brasileira e preparou a festa para comemorar a classificação para as semifinais dos Jogos Olímpicos do Rio. Aos gritos de “Eu acredito”, o público foi ao êxtase na decisão por pênaltis e pode soltar o grito preso na garganta. Depois de um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, o Brasil venceu a Austrália por 7 a 6 nas penalidades máximas e vai enfrentar a Suécia na busca pela medalha de ouro.

Bárbara foi a grande heroína brasileira no Gigante da Pampulha. A goleira defendeu a quinta cobrança australiana, após Willians pegar o chute de Marta. Coube então às mãos de Bárbara. Mais uma vez, a camisa 1 brasileira foi buscar a finalização de Alanna Kennedy e garantiu a vaga ao Brasil. Na comemoração, as jogadoras brasileiras deram a volta no Mineirão, agradecendo a todos os torcedores presentes,que permaneciam no estádio, em uma catarse única que envolve o esporte.

O placar inalterado nos 90 minutos e na prorrogação não contou com exatidão a eletrizante partida entre Brasil e Austrália. A torcida apoiou o time feminino de futebol desde o aquecimento no gramado, antes da partida, e criou a atmosfera perfeita para a vitória. Empurrando a Seleção Brasileira e vaiando o adversário – assim como a árbitra – o público deu um show a parte e lavou a alma da desclassificação na Copa do Mundo.

O JOGO

A Seleção Brasileira entrou nervosa, talvez pressionado pelo fantasma do resultado contra a Alemanha na Copa do Mundo, quando a equipe masculina foi goleada por 7 a 1. Com a pressão australiana no início, Marta e companhia precisaram se superar para que o jogo individual pudesse sobressair. Com o impulso das arquibancadas, a equipe do Brasil dominou as ações e criou diversas chances, com Debinha, Andressa Alves e Beatriz, além da própria capitã Marta. No entanto, a pontaria e uma incrível defesa de Lydia Willians, aos 45 do segundo tempo, levaram o jogo para a prorrogação.

Com as arquibancadas tomadas, na maioria por mulheres, a equipe do Brasil ganhava forças dos gritos de fora do gramado. Melhor em campo, a Seleção Brasileira teve mais oportunidades e foi para a decisão por pênaltis com o sabor amargo de quem poderia ter vencido. O que se viu no Gigante da Pampulha foi um jogo pegado, com muita intensidade física e muitas oportunidades de gol para ambos os lados. Em um chute de Chloe Logarzo, aos 40 da etapa final, a Seleção Brasileira, levou seu maior susto. Uma pancada, de longe, que explodiu no travessão e saiu por cima do gol.

O time australiano também teve boas chances, a maioria de bola parada. E contava com um adversário a mais. As vaias da torcida brasileira, que também pressionava a árbitra Carol Anne Chenard a cada lance marcado contra o Brasil. Da arquibancada veio outro show. Além da tradicional ‘ola’, o torcedor usou as lanternas dos celulares para apoiar a equipe brasileira, junto com o tradicional canto de ‘eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor’.

O público no Mineirão precisou sofrer um pouco mais. E vibrava a cada lance brasileiro. Assim como sentia quando as australianas atacavam. A partida se tornou franca em golpes e contra-golpes. Com o esforço da veterana Formiga e o brilhantismo de Marta, a torcida se empolgava e empurrava.

A apreensão tomou conta do estádio e as oportunidades de gol aumentavam a cada minuto. O cansaço proporcionava erros de passes e marcação. Já no segundo tempo extra, os lances se tornavam cada vez mais perigosos. Mesmo temendo outra eliminação em casa, a torcida apoiava – e sofria – mais.

Em mais uma jogada brilhante de Marta, que puxou contra-ataque e deixou a zagueira no chão, a goleira australiana salvou mais uma vez. Foi o necessário para a torcida ir à loucura. O placar, no entanto, seguiu inalterado até o fim. A decisão só sairia nas penalidades máximas. Final: Brasil 7, Austrália 6 e vaga para as semifinais da Olimpíada. (Superesportes)

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