(*) Fernando Benedito Jr.
O presidente dos EUA, Donald Trump quer mudar a receita da Coca-Cola. Quer substituir o adoçante de milho pelo da cana de açúcar. E o Brasil é o segundo maior exportador de açúcar para os EUA, depois do México.
Isso ele pode querer, afinal a Coca-Cola é dos americanos. Agora, querer meter o bedelho no Pix do Brasil, na Rua 25 de Março ou nas decisões do STF, é outra coisa.
De tudo o que o “grande líder do mundo livre” disse até hoje, pouco ou nada se concretizou, exceto o que não presta, que é quase tudo o que ele prometeu. Não anexou a Groelândia, não anexou o Canadá; a mudança do nome do Golfo do México não colou; a ideia de colocar fim às guerras não deu certo (ao contrário, Trump ajuda Israel e aniquilar Gaza e o povo palestino, atacou o Iraque e estimula o conflito na Ucrânia).
Não se pode dizer com certeza que a perseguição aos migrantes deu certo, porque os dados ainda estão rolando. A esta altura já devem ter percebido certa ausência de mão de obra.
Talvez colocar um pouco mais de Coca-Cola com açúcar no sangue norte-americano, já que vai prejudicar o consumo de hamburguer com a taxação da carne brasileira, ajude no aumento da diabetes e da epidemia de obesidade entre eles. Deve ser o “jeito Trump” de fazer a América grande de novo e talvez ajude a melhorar suas pernas inchadas porque o raciocínio já está perdido há muito tempo.
(*) Fernando Benedito Jr. é editor do DP.