quarta-feira, setembro 10, 2025
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Somos uma nação soberana: aqui mandamos nós

A data da Independência do Brasil deveria ser comemorada sem paixão político-partidária e lembrada que ela representa liberdade, soberania, responsabilidade coletiva e compromisso com a democracia

(*) Júlio César Cardoso

Infelizmente, há uma parcela da população que, de forma irresponsável, ignora os valores pátrios e opta por exaltar governos estrangeiros. São indivíduos que agem contra os interesses nacionais e deveriam compreender que civismo e civilidade são marcas de um povo democrata — aquele que respeita sua pátria em qualquer circunstância e jamais troca sua bandeira pela de outra nação.

Mas o país passa por momentos marcados por equívocos de grupos políticos radicais e seus seguidores, que continuam inconformados com a derrota de seu candidato nas urnas e passaram a apoiar invasores transgressores na capital federal, onde as instituições públicas foram covardemente depredadas, em 8 de janeiro de 2023.

Além disso, políticos no exercício de mandatos passaram a atacar, até com ameaça de morte, o presidente da República e ministro do STF, uma verdadeira insanidade daqueles que não sabem conviver politicamente num país democrático, onde as instituições públicas e privadas funcionam normalmente.

Conflagrar a República é o desejo do grupo radical bolsonarista. Mas todos que cometerem ou cometeram atos de traição à pátria serão punidos na forma da lei, como, aliás, já estão sendo julgados. E não adianta pedirem a interferência do governo americano em nossos assuntos internos, porque somos uma nação soberana.

Causa profunda inquietação observar, na Avenida Paulista, a bandeira dos Estados Unidos estendida como gesto de desagravo; assistir à apropriação do 7 de Setembro por grupos minoritários que o transformam em plataforma político-partidária, desvirtuando seu caráter cívico; e, sobretudo, testemunhar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, agir com desrespeito institucional ao desmoralizar o Supremo Tribunal Federal e defender o perdão a golpistas, como se a Constituição Federal fosse irrelevante, o Judiciário carecesse de legitimidade e o país estivesse à deriva, em estado de anomia. 

Vejam a manifestação desrespeitosa e de incitamento contra o Estado Democrático de Direito do governador de SP, Tarcísio de Freitas:

“Durante o ato de domingo, Tarcísio de Freitas defendeu a anistia aos condenados por participação no golpe de Estado de 8 de janeiro, além de insistir na tese de que Jair Bolsonaro deve poder disputar as eleições de 2026, apesar de estar inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O governador também atacou o Supremo Tribunal Federal, chamando Alexandre de Moraes de “tirano” e falando em “ditadura de um poder sobre outro”. Em sua fala, defendeu que o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) dê andamento ao projeto de lei que trata da anistia.

Tarcísio ainda exigiu a devolução do passaporte do pastor evangélico Silas Malafaia e de cadernos pessoais apreendidos pela Polícia Federal, reforçando seu alinhamento ao bolsonarismo e aos setores que buscam enfraquecer a responsabilização dos envolvidos nos ataques golpistas.”

Fonte: Brasil 247.

(*) Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC

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