A Prefeitura Municipal de Ipatinga, por meio da Secretária Municipal de Educação (SME), anunciou o fechamento de turmas e da totalidade do atendimento à Educação para Jovens e Adultos (EJA) nas escolas municipais Deolinda Tavares Lamego e João Reis de Souza, nos bairros Bethânia e Limoeiro, respectivamente.
Nesta segunda-feira (21) estudantes fizeram o uso da tribuna para reivindicar a continuidade dos serviços, bem como mostrar a importância do EJA na educação municipal. Um dos argumentos utilizados pela Administração para justificar o fim das atividades é o número de alunos reduzidos nessas turmas. Entretanto, o que fica demonstrado é uma política de esvaziamento da educação. Uma vez que reduzir vagas do EJA significa atacar a possibilidade de escolarização de uma camada da população mais vulnerabilizada.
O vereador Ney Professor fez intervenção na tribuna da Câmara para justificar a decisão dizendo que são poucos os estudantes nas escolas. Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE), a posição é injustificável. “Ainda que fosse apenas um aluno, o direito a esta modalidade de educação precisa ser garantido”, sustentou o SindUTE em defesa do EJA.
Uma pesquisa do IBGE aponta que 40% da população brasileira de 25 anos ou mais sequer concluíram o Ensino Fundamental, o que representa mais de 53 milhões de pessoas. Nesse sentido, o SindUTE, subsede de Ipatinga, se mobiliza para impedir o fechamento das turmas. O sindicato afirma que irá pressionar o município para que a modalidade seja mantida e ampliada em Ipatinga, pois o fechamento das turmas pode significar em índices inferiores de alfabetização municipal.
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