terça-feira, outubro 22, 2024
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Síndico desviou mais de R$ 700 mil, denunciam moradores do Condomínio Mangabeiras

IPATINGA – Os moradores do Condomínio Mangabeiras, localizado no bairro Cidade Nobre, em Ipatinga, fizeram uma notícia crime e pediram a instauração de inquérito policial na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ipatinga contra o ex síndico do imóvel, M.O.S pelo desvio demais de R$ 700 mil reais do condomínio. Além de M.O.S, estão envolvidas no golpe F.S.O e E.S.S.

Conforme a denúncia feita à polícia, M.O.S e F.S.O, eram locatários de um apartamento no condomínio. Ele assumiu em fevereiro de 2018 a vacância do cargo de síndico, ficando pessoalmente encarregado da administração das finanças, como é comum do cargo. Na oportunidade recebeu acesso às contas bancárias do condomínio bem como de seus acessórios.

BEM DE VIDA

Durante todo o período do exercício do mandato, havia confiança dos demais condôminos, pois M.O.S transparecia ser uma pessoa bem resolvida financeiramente, tal qual F.S.O, com um alto padrão de vida, e que sempre se mostrava importar com os demais.

Após assumir o controle das finanças como síndico, realizou saques mensais em dinheiro que foram aumentando progressivamente (chegaram a R$ 15.050,00 em março de 2021. A partir de outubro de 2021, os desvios passaram a ser feitos via pix diretamente para a sua conta (foram vários pix por mês em nome de M.O.S).

DESVIOS

Segundo a notícia crime, “em março de 2022, em função do volume dos desvios começou a faltar dinheiro na conta e apareceram custos com uso de cheque especial que persistiram até o mês atual (março de 2024). Provavelmente foi quando começaram os atrasos nos pagamentos dos boletos e faturas e custos com multas e juros. Em abril de 2021 e em dois meses posteriores surgiram três empréstimos, que são pagos no período de maio de 2021 a fevereiro de 2023. estes empréstimos geraram para o condomínio um valor próximo a R$ 2.500 em juros”.

Até o momento, apura-se a apropriação indébita pela associação criminosa do valor de pelo menos R$ 709.670,15 (setecentos e nove mil seiscentos e setenta reais e quinze centavos) sem correção.

A CASA CAIU

Conforme os advogados do Condomínio Mangabeiras “toda a conduta criminosa foi descoberta em 08 de março de 2024, quando os condôminos tiveram acesso aos extratos bancários do condomínio, e ao ser questionado sobre o

levantamento dos valores, foi recebido de volta uma transferência via Pix feita pela terceira noticiada, E.S.S., também, no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) conforme extrato bancário de março do corrente ano, que ao que tudo indica, foi “laranja” e realizou por todo esse tempo, a lavagem do dinheiro, evidenciado pelo fato de ter tentado ainda oferecer em “acordo” uma casa residencial na cidade de campo grande, que ao que tudo indica, mediante investigação, que deverá ser realizada, foi comprada com valores provenientes da conduta criminosa”.

GASTOS

Os advogados do condomínio informam ainda na notícia crime que “despesas com locação de veículos apareceram em agosto de 2022 e perduraram até outubro de 2023”.

“Também foram identificados valores pagos em pix para Mercadopago. Os três últimos lançamentos ocorreram entre dezembro de 2023 e março de 2024, sendo que não foi localizado comprovantes para estes gastos, entre os documentos que ele [M.O.S] deixou. Não se sabe se os lançamentos anteriores tem comprovação de gastos com o condomínio”.

O cartão de crédito, cujas faturas mostram basicamente gastos pessoais, só foi ativado quando foram geradas e cinco faturas e já foi cancelado, informa o condomínio à polícia.

OSTENTAÇÃO

Segundo os advogados do condomínio, “M.O.S, durante anos ostentou uma vida luxuosa, em um condomínio de alto padrão, o que poderia facilmente passar impune, já que ostenta ser gerente de uma empresa de renome, que conforme demonstram fotografias anexadas às denúncias, sente-se à vontade rodeado de pessoas que integram um grupo social de mais elevado poder aquisitivo, o que vinha sendo bancado pelo golpe perpetrado, podendo estar inclusive, dando continuidade à conduta criminosa em outra cidade, onde desconhecem o seu ‘modus operandi’”.

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