IPATINGA – Desde o início do mês de novembro, as mulheres de Ipatinga interessadas estão sendo beneficiadas com a colocação do Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre. O método contraceptivo faz parte da política pública do Planejamento Familiar, uma área que também tem recebido grande atenção da Administração municipal no sentido de assegurar maior bem-estar à população. De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, os procedimentos já foram realizados em cerca de 40 mulheres.
A paciente que tiver interesse em colocar o DIU de cobre deve procurar a Unidade Básica de Saúde de referência, fazer a avaliação médica, realizar o preventivo e se cadastrar. “A partir desse estágio, essa mulher poderá ser agendada para realização dos exames complementares como ultrassom transvaginal e exame de gravidez e aguardar pela colocação do DIU”, esclarece Érica Dias, secretária de Saúde.
Após o agendamento, o procedimento está sendo realizado todas as sextas-feiras, na Policlínica Municipal.
DIU DE COBRE
O DIU é revestido por um fio ou cilindros de cobre e colocado dentro do útero por um médico ginecologista, podendo ficar por até dez anos. Sua funcionalidade está na liberação de íons de cobre que impedem a mobilidade do esperma ao redor do útero. Dessa forma, raramente um espermatozoide consegue passar por essa ‘barreira’ e, caso passe, o cobre também impossibilita que o óvulo seja fecundado e altera sua movimentação pelas trompas.
É um método eficaz, prático, sem hormônios, que satisfaz as necessidades contraceptivas da maioria das mulheres. Entre as vantagens do uso do DIU de cobre estão o longo tempo de ação (dez anos), baixo índice de gravidez, intervenção única para seu uso e poucos efeitos indesejados.
“O DIU tem uma eficácia excelente, quando comparado aos outros métodos conceptivos orais combinados e não combinados e injetáveis, que falham em função do uso irregular. O DIU, como está inserido na mulher, garante o efeito desejado se bem posicionado”, explica a ginecologista obstetra da rede municipal de saúde, Vanessa Yuri Nakaoka.
O procedimento de implantação do DIU é feito em um consultório médico, por uma profissional. “É bem simples. Depois de inserir, pedimos que a paciente fique deitada alguns minutinhos. Em seguida, ela se assenta, para termos certeza de que não se sentirá mal. Depois, já está liberada”, explica a médica.