TIMÓTEO – O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu retirar a pré-candidatura de Guilherme Salgado a prefeito de Timóteo nas próximas eleições municipais. Ele disputará uma vaga ao Legislativo Municipal ao lado das có-candidaturas artivista e poeta Thabata Cristina e Tiago Magalhães Rocha.
Em “Carta aberta as pessoas divergentes de Timóteo-MG”, divulgada no último dia 16, o Psol explica a decisão de retirar a candidatura majoritária: “Amparado em discussões coletivas e validado por Convenção Partidária (realizada em 15 de setembro de 2020) nós, do recém estruturado diretório do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL Timóteo-MG) entendemos que neste momento, por dificuldades institucionais burocráticas, pela dificuldade de alguns (pessoas e instituições) em assumir compromissos inerentes ao processo e pela atual conjuntura política municipal, com uma “esquerda” fragmentada, centrada no governismo e na afirmação de um fazer político sem projetos/caminhos que apontem para uma ruptura com esse Estado austero, neoliberal e opressor, decidimos ser mais prudente não seguir com a candidatura majoritária (à prefeito) nestas eleições, dessa forma, neste momento, optamos por lançar duas pré-candidaturas proporcionais (a vereador) nas urnas, ambas com uma proposta irreverente de Mandato Coletivo, integradas”, diz a nota publicada nas redes sociais.
NAS RUAS E PRAÇAS
“Para além das eleições – segue a nota -, nosso propósito é fortalecer as bases do partido, cuidando das institucionalidades e estruturas organizativas, investindo em formação política, poética, ética, estética e filosófica, com intuito de ampliar e qualificar nossos quadros/corpos singulares e coletivos”.
Finalmente, o Psol adianta que seguirá nas ruas, nas praças, nos conselhos e demais instâncias de participação popular, “ocupando lugares que são nossos por direito, denunciando abusos de poder, equívocos e negligências na ‘gestão’ das coisas públicas, sempre pautando e anunciando uma cidade que queremos, uma cidade da diversidade, da economia solidária, do viver comunitário, com respeito as singularidades, um território onde prospere as artes, a poesia, renunciando a barbárie , lutando por uma cidade livre do racismo, da lgbtqi+ fobia e de todas as formas de opressão, defendendo uma cidade onde as pessoas possam ser mais com elas mesmas e com o mundo, por uma cidade onde caibam e possam com-viver todas, todos e todes. É nós por nós, depois de nós, é nós de novo”, conclui.
