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PRF tenta sabotar eleição com blitzen no NE

Em pronunciamento, Alexandre de Moraes disse que não houve prejuízo aos eleitores e todos votaram

Nem no dia da eleição o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixa de atentar contra o sistema democrático. Por determinação sua, tomada durante reunião no Palácio da Alvorada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou blitz em várias cidades do Nordeste parando ônibus e vans que transportavam eleitores. As ações da PRF ocorreram em cidades onde Lula é majoritário.

As denúncias sobre as operações da PRF foram feitas ontem por parlamentares do PT e foram acatadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou que elas não fossem realizadas.

SEM PREJUÍZO

Entretanto, neste domingo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descumpriu ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizou no dia da votação do segundo turno, pelo menos 560 operações de fiscalização contra veículos fazendo transporte público de eleitores, em especial no Nordeste

O ministro Alexandre de Moraes nesta tarde que não haverá adiamento do término da votação neste domingo (30) por causa das operações.

“Não houve nenhum prejuízo no exercício do direito de voto e logicamente não haverá nenhum adiamento do término do horário da votação. A votação termina às 17h como planejado”, disse Moraes.

“Não houve prejuízo aos eleitores no seu exercício do direito de voto”, prosseguiu.

Questionado sobre a fonte da informação de que ninguém deixou de votar, Moraes afirmou que se baseia em informações dos Tribunais Regionais Eleitorais, da Polícia Rodoviária Federal e dos próprios eleitores.

O ministro Alexandre de Moraes disse que eleitores que foram parados em operações da PRF neste domingo (30) conseguiram votar no segundo turno das eleições.

“Os ônibus prosseguiram até o final e os eleitores votaram. Foi determinado que todas as operações cessassem para que eleitores não tenham atraso”, disse o presidente do TSE. “É importante salientar que não houve retorno à origem dos eleitores, eles prosseguiram até a seção eleitoral e votaram.”

APARELHAMENTO

O ministro da Justiça, Anderson Torres, a quem a Polícia Rodoviária Federal é subordinada, foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para colocar nas ruas, neste domingo (30), o plano da campanha bolsonarista envolvendo o uso político da PRF.

Anderson Torres, um dos principais aliados de Bolsonaro, tem ciência do mapa de integrantes da campanha do presidente em que foram apontadas as regiões do país em que o ex-presidente Lula é mais forte.

Torres passou a semana em contato com assessores do presidente e tem proximidade com Fabio Wajgarten, coordenador da campanha de Bolsonaro, além de ter estado com Bolsonaro na quarta-feira (26), no Palácio da Alvorada.

DIRETOR DA PRF

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, publicou neste sábado (29) em uma rede social uma mensagem na qual pediu voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. A postagem foi apagada e, neste domingo (30), não aparecia mais no perfil de Vasques. Foi ele quem determinou a realizações das operações.

Silvinei Vasques foi nomeado diretor-geral da PRF quando Anderson Torres assumiu o cargo de ministro da Justiça, em abril de 2021. Vasques substituiu o policial rodoviário federal Eduardo Aggio de Sá como chefe da instituição.

Antes de ser diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques era superintendente da instituição no Rio de Janeiro. Vasques faz parte dos quadros da instituição desde 1995.

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