Foto: Reunião realizada pela Comissão Interinstitucional, no dia 15/01: Prefeitura ignorou discussões e coloca em risco milhares de vidas – Crédito: Arquivo/Sind-UTE/MG
Ao mesmo tempo em que deixa o Programa Minas Consciente, Governo Municipal autoriza o retorno das aulas presenciais flexibilizando os protocolos sanitários
IPATINGA – O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) repudia a decisão do Governo Municipal de sair do Programa Minas Consciente, que estabelece critérios em todo o Estado para subsidiar a adoção de medidas de enfrentamento ao Covid-19. Além disso, a Prefeitura autorizou o retorno às aulas presenciais com flexibilização das regras sanitárias, esvaziando os protocolos discutidos e aprovados pela comissão responsável, integrada por representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público e pelo próprio Sind-UTE/MG, entre outras entidades.
A decisão ocorre em um momento de agravamento da pandemia em todo o País e especialmente na região do Vale do Aço, recentemente reclassificada para Onda Vermelha, o que recomenda apenas o funcionamento dos serviços essenciais – o que não tem ocorrido em Ipatinga. Com o anúncio da saída do Minas Consciente, além de não utilizar qualquer parâmetro para controle da pandemia na cidade, a Prefeitura esvazia um dos principais pontos discutidos na comissão para o retorno das aulas presenciais: a exigência de controle epidemiológico, verificado pela inclusão do Município na Onda Verde.
Nesta sexta-feira (22), o Sind-UTE/MG realizou uma plenária virtual com seus filiados e filiadas e a principal deliberação foi justamente lutar pela publicação do protocolo elaborado pela comissão interinstitucional, sem alterações que caracterizem flexibilização das medidas de segurança nele contidas. No entanto, unilateralmente e atropelando as discussões coletivas, a Administração publicou um protocolo de retorno às aulas com um texto muito diferente do que foi discutido e aprovado.
“Estamos
em uma situação crítica da pandemia em nossa cidade, com aumento de casos de
contágio, de óbitos diários e ocupação de leitos em decorrência da Covid-19.
A categoria está mobilizada e encontrará os meios cabíveis para fazermos valer
nossa maior defesa no momento que é a defesa da vida”, conclui o Sind-UTE/MG.