FABRICIANO – Prefeitos, secretários municipais, presidentes de Câmaras, representantes dos Hospitais Dr. José Maria Morais (Fabriciano) e Márcio Cunha (Ipatinga), FIEMG, médicos infectologistas e lideranças políticas do Vale do Aço participaram de mais reunião para debater ações efetivas e cobrar, do Estado de Minas Gerais, recursos essenciais para controle e tratamento de pacientes com Covid-19.
A reunião foi iniciativa da Assembleia Metropolitana do Vale do Aço, representada pelas principais cidades da região, Superintendência Regional de Saúde (SES-MG) e o deputado Celinho do Sinttrocel. Também esteve presente o suplente do Senado Federal e ex-secretário de Estado de Saúde, Alexandre Silveira.
No encontro, os presentes foram enfáticos na urgência de ações mais efetivas do Estado para a região metropolitana, a segunda de Minas Gerais, com cerca de 766 mil habitantes e 28 municípios. Apenas as quatro principais cidades: Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso e Ipatinga, somam 502 mil habitantes.
RECURSOS PRESOS
O prefeito Dr. Marcos Vinicius, presente no encontro, mais uma vez colocou a estrutura do HJMM a disposição do Estado e município vizinhos. Mas foi enfático ao cobrar recursos fundamentais para tratar os pacientes. O prefeito explicou que, conforme a Constituição Federal, o Estado é o responsável pela gestão e custeio da Média e Alta Complexidade na saúde, ou seja, os hospitais.
“Do Colar Metropolitano, apenas Ipatinga e Fabriciano são gestão plena em saúde. O que significa dizer que os recursos para hospitais, de todos os outros municípios, continuam ‘presos’ nas mãos do Estado e os municípios vizinhos, impedidos de fazer aportes para tratar a população de suas cidades. E temos uma agravante, já que o Estado tem hoje uma dívida de R$ 40 milhões com os (hospitais) Márcio Cunha e mais R$ 10 milhões com Dr. José Maria Morais. Se pagasse pelo menos isso, já estava de bom tamanho”
Estado vai mandar só mais 15 respiradores
A reunião contou com participação online de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O Estado, mais uma vez, mostrou preocupação com a possibilidade de aumento de casos na região. No entanto, manteve a previsão inicial de abertura de 140 leitos no Vale do Aço para Covid – sendo que destes, apenas 60 foram entregues.
Também afirmou que enviará, nos próximos dias, mais 15 respiradores. No entendimento dos presentes, número insuficiente para a demanda regional. Também foi frisado que os hospitais precisam de recursos para custeio da equipe médica e leitos hospitalares e, enfim, usaram os novos equipamentos em favor da população.
Os presentes se comprometeram em realizar ações conjuntas para fortalecer o controle e combate ao Covid-19, em nível regional, e pediram apoio dos presentes na interlocução para ampliar os recursos não só para tratamento de casos confirmados, mas também de testagem da população. Uma nova reunião será marcada em breve.