quarta-feira, dezembro 11, 2024
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Polícia francesa investiga crimes de guerra na Ucrânia

Os policiais são especialistas em cena de crime e identificação de vítimas, explicaram os ministérios franceses

LVIV – A Polícia Militar francesa [Gendarmerie] chegou a Lviv, no Oeste da Ucrânia, para ajudar as autoridades “nas investigações de crimes de guerra cometidos em Kiev”, anunciou hoje (11) o embaixador francês no país.

É a primeira” unidade estrangeira a fornecer essa ajuda, disse Etienne de Poncins, em mensagem no Twitter.

“Orgulhoso em receber em Lviv o destacamento de polícia técnica e científica que veio ajudar nas investigações de crimes de guerra cometidos em Kiev”, declarou o embaixador. A equipe estará trabalhando amanhã, terça-feira.

“Solidariedade”, disse ainda o diplomata, acrescentando emojis das bandeiras francesa e ucraniana. A mensagem no Twitter também foi traduzida para o ucraniano.

“Equipe técnica do Ministério do Interior, responsável por fornecer sua experiência em termos de identificação e coleta de provas às autoridades ucranianas, chegou nesta segunda-feira ao país”, informaram, em comunicado conjunto, os ministérios do Interior, da Justiça e dos Negócios Estrangeiros da França.

De acordo com as autoridades ucranianas, eles também poderão contribuir para a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Etienne de Poncins acrescentou à sua mensagem uma foto com cerca de 15 policiais – incluindo uma mulher – em uniformes azuis, posando em frente a um caminhão branco, do Instituto de Investigação Criminal da Polícia Militar Nacional (IRCGN, em francês), no qual estava escrito Laboratório de ADN móvel”.

IDENTIFICAÇÃO

Os policiais são especialistas em cena de crime e identificação de vítimas, explicaram os ministérios franceses.

Acompanham também a equipe dois médicos forenses, que “poderão montar uma cadeia para examinar e identificar corpos”.

Na sexta-feira (8), o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que seu país estava reunindo provas contra “crimes de guerra russos” na Ucrânia.

Na ocasião, Macron anunciou o envio de policiais militares e de magistrados franceses para a Ucrânia.

MORTES

A guerra começou em 24 de fevereiro, quando Moscou invadiu a Ucrânia após ter concentrado dezenas de milhares de tropas no lado russo da fronteira com o país vizinho, bem como do lado da Bielorrússia, país aliado de Moscou.

Desde então, os combates mataram milhares de civis e militares – de acordo com balanço ainda a ser confirmado – e destruíram várias cidades e infraestrutura na Ucrânia. Mais 11 milhões de pessoas fugiram de suas casas, incluindo 4,5 milhões para países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A comunidade internacional reagiu à invasão da Ucrânia com sanções económicas e políticas contra a Rússia e o fornecimento de armas e de apoio humanitário às autoridades de Kiev.

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