O filho do presidente acredita que o momento faz parte de um plano da esquerda para introduzir o socialismo no país
BRASÍLIA – O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho 02 do presidente, voltou a causar em suas redes sociais. Nesta quarta-feira (01), o político escreveu em suas redes sociais que o Brasil “partiu para o socialismo” com a crise causada pelo coronavírus. “O desenho é claro: partimos para o socialismo. Todos dependentes do estado até para comer, grandes empresas vão embora e o pequeno investidor não existe mais”, justificou.
Pelo texto compartilhado, o vereador acredita que o momento faz parte de um plano da esquerda para introduzir o socialismo no país. “Conseguem a passos largos fazer o que tentam desde antes de 1964. E tem gente preocupada com a fala do presidente”, disse Carlos, se referindo ao golpe militar no Brasil, que na época se justificou para barrar o comunismo.
GABINETE DO ÓDIO
Carlos Bolsonaro, assim como o deputado federal Eduardo Bolsonaro e outros seguidores da ala olavista, são associados ao gabinete do ódio, uma espécie de bunker ideológico que atua como conselho do governo Bolsonaro. O grupo também é conhecido por disseminar fakenews nas redes sociais.
No contexto do coronavírus, a rede bolsonarista tem produzido vídeos a favor da reabertura de comércios e shoppings para pressionar governadores e prefeitos a flexibilizar as regras de isolamento.
Na última semana, o vereador participou de uma teleconferência do presidente com governadores do Sul e do Norte, que tinha como objetivo traçar estratégias de enfrentamento ao coronavírus. Ele também já esteve presente em outras reuniões administrativas de âmbito federal que ultrapassam as atividades de seu mandato.
Na sexta-feira (27), o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) protocolou um requerimento à Presidência da República solicitando informações sobre a presença de Carlos Bolsonaro no Planalto. “Ele não é funcionário contratado, não é ministro, não é nada. Qual a função desse cidadão no Planalto, no governo? Isso precisa ser esclarecido à sociedade”, questiona Valente. O Planalto deve se manifestar sobre o requerimento de informações.