PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP protocolaram, com apoio da sociedade civil, um novo pedido de saída do presidente Bolsonaro
BRASÍLIA – Sete partidos de esquerda, apoiados por mais de 400 entidades civis, movimentos sociais e personalidades, protocolaram na Câmara dos Deputados, na manhã desta quinta-feira 21, um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. É a primeira iniciativa coletiva deste tipo, uma vez que outros pedidos já haviam sido entregues, mas por iniciativa individual de parlamentares ou partidos.
Desta vez, partidos como PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP se juntaram a entidades civis e sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil para listar e fundamentar os motivos para pedir a sua saída do cargo.
Entre os crimes listados no pedido de impeachment estão a convocação e comparecimento nos atos contra a democracia, a interferência nas investigações da Polícia Federal no Rio de Janeiro, a falsificação da assinatura de Sérgio Moro na exoneração de Maurício Valeixo do comando da PF e as declarações durante a reunião ministerial de 22 de abril.
Também estão na argumentação os discursos presidenciais contra o STF, o bloqueio da compra de equipamentos de saúde por estados e municípios, a incitação de uma sublevação das Forças Armadas contra a democracia e os pronunciamentos e atos contra a saúde pública durante a pandemia, entre outros motivos.
“Bolsonaro não tem condições políticas, administrativas e humanas de governar o Brasil. Briga com todo mundo o tempo inteiro e não protege o povo. Tem de ser impedido”, defende a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.
Já Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST e ex-candidato a presidente pelo PSOL, explica por que estepedido de impeachment é diferente: “É o primeiro suprapartidário, não de apenas um partido ou parlamentar. Isso aumentará – e muito – o caldo de pressão sobre o Rodrigo Maia para que ele abra o processo contra Bolsonaro.”
Abaixo, alguns dos mais de 400 movimentos sociais e entidades que corroboram com o pedido de impeachment:
- Frente Povo Sem Medo
- Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)
- MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
- CMP – Central de Movimentos Populares
- INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
- Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT)
- MNU – Movimento Negro Unificado
- Associação Brasileira de Travestis e Transexuais — ANTRA
- Movimento Nacional Policiais Antifascismo
- MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas
- Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR)
- MNLM – Movimento Nacional de Luta por Moradia
- UNMP – União Nacional por Moradia Popular
- Católicas Pelo Direito de Decidir
- Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
- Evangélicas pela Igualdade de Gênero
- Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC
- Andes – Sindicato Nacional
- Fasubra
- Associação Brasileira de Agroecologia
- Associacao Brasileira de Economistas pela Democracia – ABED
- Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho – SBPOT
- Associação Nacional de Psicologia Social – ABRAPSO
- Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – Cebes
- Fenasps – Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência
- Social
- Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal – Condsef/CUT
- Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz – ASFOC Sindicato Nacional