quinta-feira, setembro 19, 2024
Google search engine
InícioCidadesParque Estadual do Rio Doce completa 80 anos sob ameaças

Parque Estadual do Rio Doce completa 80 anos sob ameaças

Ao completar 80 anos de criação, o Parque Estadual do Rio Doce, além da caça, incêndios, invasão da sua Zona de Amortecimento, enfrenta perigosa ameaça: abertura ao tráfego da estrada do Salão Dourado, que atravessa sua única área de Mata Virgem, com presença de árvores gigantescas e antigas. E, inexplicavelmente, o IEF autorizou a Prefeitura de Marliéria reconstruir a Ponte Queimada sobre o rio Doce.

Diante disto, a Amda, com apoio de 27 ONGs e pessoas físicas, como o ex-Ministro e ex-secretário de meio ambiente de Minas, José Carlos Carvalho, enviou representação ao MPE solicitando providências contra a recuperação da ponte, sem projeto técnico ambiental que preveja seu uso para tráfego de veículos somente do IEF, de brigadas, educação ambiental, turismo controlado. O projeto deve prever também, construção de guarita e garantia de vigilância armada. Estes pressupostos foram também recomendados pelo Conselho Consultivo do Parque.

MÁ FÉ

Encurtar a viagem entre Marliéria e Pingo D’Água é o argumento utilizado por prefeitos e políticos. O argumento é malicioso e de má fé, pois a estrada que passa por Revés de Belém também faz a ligação e o tempo de duração é de 12 minutos a menos, além de ser asfaltada.

A Amda considera que a autorização dada pelo IEF é ilegal e contradiz sua obrigação de zelar pelo Perd. Em ofício enviado à Amda em janeiro de 2022, o IEF  formalizou que a estrada não seria aberta ao tráfego, devido ao “Aumento/vulnerabilidade de incêndios florestais; facilitação da atuação (acesso e logística) de caçadores, pescadores, extratores ilegais e garimpeiros; Aaumento do atropelamento de fauna, aumento do ruído e afugentamento de fauna;  Aumento da fragmentação/efeito de borda nas florestas do parque; Ameaça de toda ordem antrópica na porção de mata atlântica primária existente no Parque, conhecida como Fazenda Campolina de cerca de 6.000 hectares, perfazendo toda a região da estrada do salão dourado e da ponte queimada.” No entanto, autorizou conserto da ponte sem qualquer explicação.

ESPECULADORES

Para a Amda, a abertura da estrada, visa beneficiar especuladores imobiliários que invadiram a Zona de Amortecimento do parque e pretendem continuar derrubando a floresta para expansão urbana.

Em ofício, também apoiado por 23 instituições e pessoas físicas, a Amda solicitou ao diretor geral do IEF, Breno Lasmar, que revogue a proibição, mas até o momento não houve retorno.

RELATED ARTICLES
- Advertisment -
Google search engine

Most Popular

Recent Comments