sábado, novembro 9, 2024
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O vírus quer antecipar a nova revolução industrial

(*) Thales Aguiar

Caros leitores são fatos bem visíveis que o novo Coronavírus que continua se espalhando pelo mundo será um problema a ser resolvido em longo prazo. Sem a vacina para o tal vírus, não dispomos de tratamento e medicamentos eficientes que possamos combater os sintomas no organismo humano. Percebe-se sim, uma disputa das indústrias farmacêuticas em disseminar medicamentos paliativos que no final das contas trará mais malefícios (efeitos colaterais) do que a manutenção da vida e benefícios a saúde humana. Mas não nos assustemos, vamos combinar que o atual sistema econômico encontra-se estafado. O excesso de estoque e superprodução de mercadorias, acúmulo de riqueza nas mãos de poucos e a extrema pobreza para a maioria da população mundial. O raciocínio é simples e lógico, a quem vamos vender se não existe um mercado consumidor? Um bom exemplo que estamos vivenciando é a questão do petróleo. Com a maioria dos países auto-suficientes em sua produção, a demanda reduz e com o excesso de oferta do produto no mercado global o valor de venda não sobrepõe aos custos operacionais, levando as indústrias ao prejuízo e a falência.  

Por isso é importante entender o que vai além dos aparentes acontecimentos. O vírus será apenas uma cortina de fumaça para que o sistema capitalista prorrogue sua vigência. Com o avanço da desigualdade e a redução do Estado de bem-estar social, a empregabilidade ficará em segundo plano. Os governos mundiais terão papel fundamental para fazer com que a classe da extrema pobreza volte a consumir. Já se discute entre as lideranças nos setores da política, da economia e da religião uma renda básica universal, uma espécie de transferência direta para uma imensa população sem empregos e que já não faz parte mais do mercado formal. Com a chegada da nova revolução industrial que permitirá a introdução da robótica e dos algoritmos, teremos cada vez menos operários nos espaços físicos comerciais.

A virtualidade irá propor inovações constantes e o acúmulo de dados permitirá a vigilância em qualquer espaço do planeta implantando tecnologias como, por exemplo, a 5G e os satélites da Starlink orbitando na atmosfera da Terra que servirão para oferecer internet banda larga em todo mundo.  O trabalho home – Office (trabalho remoto) reduzirá ao máximo os custos das empresas que automaticamente lucrará mais. Essa nova modalidade permitirá que as pessoas e empresas se conectem a longas distâncias. Circunstâncias que já não são mais ficções de filmes de Hollywood e sim realidade. O Mundo terá de ser reinventado ou já está sendo reinventado, não por força de um desastre, mas por uma vontade de uma fina camada da elite governante que ainda persiste em controlar a humanidade.

(*) Thales Aguiar é jornalista e escritor

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