Nacionais

O estranho caso de Joice Hasselmann

(*) Fernando Benedito Jr.

Desde o dia em que anunciou ter acordado numa poça de sangue com vários ferimentos pela face e algumas fraturas pelo corpo que tenho achado muito estranho esta situação, que a deputada Joice Hasselmann trata como um possível atentado contra sua vida, a ponto de se comparar a PC Farias, ex-tesoureiro da campanha de Fernando Collor, executado a tiros num quarto de motel junto com a namorada. O crime aconteceu num apartamento funcional em Brasília, onde ela vive com o marido, um neurocirurgião que estava no imóvel na noite em questão, dormindo em quarto separado e não ouviu nenhum barulho.

A menos que a deputada Joice Halssemann tenha tomado uma overdose de rivotril com uísque, entrada em surto psicótico e se auto-mutilado, hipóteses que parecem ter sido descartadas, assim como a de violência doméstica, o caso parece ser um desses episódios de “Arquivo X” envolvendo seres extraterrestres. Nem se pode comparar com os mistérios de Agatha Christie, Conan Doyle ou Alan Poe, porque à exceção de Poe que viaja um pouco mais além, todos envolvem personagens humanos.

O misterioso, burlesco e violento caso de Joice Hasselmann parece envolver seres que vivem em outro plano ou no submundo. Ela afirma que são seres do submundo político e deve ter lá suas razões. Viveu muito tempo entre eles e são seres imprestáveis e desprezíveis que ela conhece bem. Tanto que tão logo rompeu com aqueles que até ontem amava e admirava, foi apelidada de “Pepa Pig”, numa demonstração de que entre eles não existe respeito, cordialidade e urbanidade nem no trato com as mulheres – ou muito menos com elas, já que são misóginos, machistas e malvados

Nada justifica o ataque sofrido pela deputada – se é que foi um ataque. Mas o caso é tão estranho que fica até difícil prestar solidariedade.

Seja como for, considerando as pessoas com quem ela andou, é melhor se cuidar. E por via das dúvidas, fica aqui nosso desejo de que tudo se esclareça e os culpados – se os há – sejam punidos com a severidade que o caso exigir.

(*) Fernando Benedito Jr. é jornalista e editor do Diário Popular.

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