Durante várias décadas ela criticou as políticas dos seus irmãos exercidas sobre Cuba, desde o seu exílio na Florida ou através da colaboração com a CIA
(DO LIBÉRATION) – Juanita era a irmã mais nova dissidente dos antigos homens fortes de Cuba, Fidel e Raúl Castro. Juanita Castro morreu na segunda-feira (4), aos 90 anos, em Miami, onde vivia exilada desde a década de 1960. Durante décadas, ela se opôs aos irmãos, que governavam a ilha cubana, chegando até a colaborar com a CIA.
“Juanita Castro, mulher excepcional, lutadora incansável pela causa de Cuba que tanto amou, faleceu”, anunciou no Instagram María Antonieta Collins, jornalista e coautora das memórias dos falecidos – “Fidel e Raúl, meus irmãos, a história secreta”.
“Sua irmã Emma e sua família pedem que sua privacidade seja respeitada neste momento doloroso”, escreveu ela na publicação. “Não haverá entrevistas e de acordo com a sua vontade, o seu funeral será privado”. Segundo a rede de televisão americana de língua espanhola Univision, Juanita Castro morreu de causas naturais em um hospital de Miami.
Juanita nasceu em 6 de maio de 1933 no pequeno povoado de Birán, a quase 100 quilômetros de Santiago de Cuba, no leste da ilha. Estudando administração na escola do convento das Ursulinas, em Havana, a jovem regressou então à sua cidade natal, onde abriu um cinema, noticia a agência espanhola EFE. Em 1959, quando a rebelião liderada por Fidel Castro derrubou o governo de Fulgêncio Batista, Juanita Castro apoiou a revolução cubana. Suas primeiras desavenças com os irmãos apareceram pouco depois. Juanita Castro não apoiou a perseguição política aos opositores da ideologia do regime socialista.