Prezado editor,
Tenho observado estarrecido as investidas da mineração na serra do curral, cartão-postal da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Custa-me acreditar que a população mineira aceite esse desatino.
Qualquer civilização sensata não permite mineração em seus territórios urbanos, visto que os prejuízos atuais e futuros não compensam os irrisórios ganhos momentâneos. Tragédias como de Mariana e Brumadinho são exemplos de como essa atividade é catastrófica. Permitir a mineração próximo a grandes ou pequenas cidades é condenar a população a problemas sérios de saúde devido a poluição ambiental e desvalorizar os investimentos que já foram realizados na infraestrutura. Nossas autoridades precisam avaliar com sensatez a permissão de atividades mineradoras, visto que nosso país depende de suas riquezas minerais para manter seu posto como uma das maiores economias do planeta. Já dizia nosso poeta maior, daqui de Itabira, Drummond: “No meio do caminho tinha uma pedra; tinha uma pedra no meio do caminho”… Façamos dessa pedra nosso alicerce e catapulta, não mais nosso obstáculo.
Atenciosamente,
Daniel Marques – historiador
Virginópolis – MG