quarta-feira, outubro 9, 2024
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Lula e a saideira

(*) Fernando Benedito Jr.

Esta é para os hipócritas que não saem do boteco e vivem chamando Lula de cachaceiro, como se ser cacheiro fosse algum demérito.

Com muito axé, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia, que é candidato para reconstruir o Brasil nos próximos 4 anos, para lutar contra a fome, a miséria e a pobreza, gerar emprego, diminuir a inflação, aumentar o salário e cuidar da questão climática, com respeito a todos os biomas, mas sobretudo da Amazônia.

“Não vou ser um presidente que está pensando na sua reeleição, mas em governar o país quatro anos e deixá-lo tinindo para que o brasileiro recupere, definitivamente, o bem-estar social, a alegria e o prazer de viver, o prazer de ser baiano, o prazer de ser brasileiro”.

As declarações de Lula à emissora do recôncavo sinalizam que o ex-presidente não deverá disputar uma nova eleição em 2026. Atualmente com 76 anos, se eleito, Lula deixará o poder aos 80 anos de idade. É uma boa idade para aproveitar o tempo que lhe resta da melhor maneira possível.

Inclusive, Lula, em caso de eventual eleição, e já que não vai ter nada a perder mesmo, poderia se esforçar junto ao Congresso Nacional para acabar de vez com este negócio de reeleição. Evitaria que o mesmo partido se perpetuasse no poder durante muito tempo, como ocorreu com o próprio PT, até chegar ao esgotamento; evitaria riscos à democracia como o que o Brasil vive atualmente; daria mais arejamento e renovaria os ares do ambiente político com o surgimento de novas lideranças e novas ideias políticas e econômicas; além de evitar que vícios como o da corrupção endêmica e outros males se incrustrassem irremediavelmente na máquina administrativa.

Certamente, acabar com a reeleição no Brasil não é tarefa fácil. Quem entra não quer sair de jeito nenhum. O poder não é só afrodisíaco, ele sobe à cabeça e tem feitiços e encantos que nem a riqueza substitui. Mas nesta fase de desapego, Lula bem que poderia se esforçar. Seria um grande legado para o Brasil.

“Tenho quatro anos da minha vida para dedicar a cuidar desse povo. Quero cuidar desse povo, quero cuidar do país, quero cuidar do estado, quero estabelecer uma relação irmã com os governadores e com os prefeitos porque não é possível um país dar certo com você brigando, estimulando o ódio, estimulando divergências. Quatro anos em que eu quero dedicar cada minuto, mas cada minuto mesmo, para ver se a gente consegue fazer mais do que eu fiz em oito”, declarou Lula na Bahia.

Oxalá!

(*) Fernando Benedito Jr. é editor do DP.

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