Em defesa de suposta pauta conservadora, igrejas difundem preconceito, mentiras sobre ideologia de gênero, difamam candidatura de Lula e defendem Bolsonaro
(DA REDAÇÃO) – As igrejas evangélicas do Vale do Aço, principalmente a Assembléia de Deus, estão amplificando as fake news pró-Jair Bolsonaro e aumentando a pressão sobre os fiéis na reta final da campanha. Os materiais difundidos nas igrejas são um claro assédio eleitoral, que se caracteriza pelo abuso de poder religioso e contraria a legislação.
Conforme denúncias feitas ao “Diário Popular”, as igrejas estão recebendo e divulgando grande quantidade de panfletos impressos com informações falsas, comparando os governos do ex-presidente Lula e do atual, Jair Bolsonaro, além de divulgar “fake news” sobre ideologia de gênero, ameaça comunista, aborto e outras falsidades que beiram ao delírio.
Os serviços gráficos para a confecção do material foram contratados pelos seguintes CPFs: 058.385.826-00 / CPF: 100.249.876-70 / CPF: 982.141.446-04 – Contratada: 26.680.167/0001-34 Tiragem 10.000.
TERRORISMO
Um dos materiais distribuído que tenta espalhar o terror psicológico entre os fiéis divulga mentiras e fantasias anti-comunistas que costumam ter apelo entre as pessoas menos esclarecidas. Um deles diz: “Igreja em risco. No próximo dia 30 de outubro, os comunistas querem o seu voto para: desconstruir a família cristã, enfraquecer a Igreja do Senhor, erotizar as crianças nas escolas públicas…”, entre outras sandices e inverdades para aterrorizar os fiéis e difamar a candidatura do ex-presidente Lula, embora não o citem. Já a figura de Bolsonaro é destacada com foto. Como o 2º turno tem apenas os dois como candidatos, fica explícito de quem se trata.
HIPOCRISIA
Ao final, a hipocrisia é ainda mais perversa e manipuladora: “Seja livre para votar, mas saiba que essas são as propostas da Ideologia de Gênero, defendidas pela esquerda”, destaca a fake news divulgada nas igrejas.
Desde no início da campanha eleitoral algumas denominações evangélicas estão servindo como linha auxiliar da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, ao invés do debate político educativo, informativo e sério, estão lançando mão de artifícios espúrios, mentiras, pressão, perseguição e expulsão de fiéis que não compactuam com as posições dos pastores e lideranças evangélicas.