Medicamento é indicado para aumentar a proteção de bebês e crianças que tenham mais probabilidade de desenvolver doenças respiratórias
IPATINGA – A Fundação São Francisco Xavier, por meio do Hospital Márcio Cunha (HMC), finalizou mais um ciclo do tratamento de bebês e crianças com a aplicação do Palivizumabe, medicamento disponibilizado pelo Ministério da Saúde, que induz imunização passiva específica contra o vírus sincicial respiratório (VSR). E é a única forma disponível, hoje, para a prevenção de quadros graves de infecções respiratórias em lactentes como bronquiolite e, principalmente, pneumonias, sendo que até o momento não existe vacina contra o VSR.
Pelo terceiro ano consecutivo, o HMC realiza o ciclo de aplicação no grupo que tem mais probabilidade de desenvolver doenças respiratórias e infecções causadas pelo VSR. Neste ano, o tempo de aplicação foi de 24 semanas, totalizando 233 doses, beneficiando 64 crianças.
PÚBLICO-ALVO
Segundo o protocolo estadual, tem direito ao uso do medicamento, crianças prematuras nascidas com idade gestacional de até 28 semanas e com idade inferior a um ano. E, ainda, crianças com idade inferior a dois anos, com doença pulmonar crônica da prematuridade, displasia broncopulmonar ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada.
PROTOCOLO
Para a enfermeira supervisora da UTI Neonatal do HMC, Michelly Gomes Soares Salgado, a capacitação da equipe para a aplicação do medicamento, que exige um protocolo específico, demonstram o compromisso da instituição em assegurar o melhor e mais completo tratamento para os pacientes. “É uma grande satisfação finalizar mais um ciclo de aplicação do PALIVIZUMABE nos nossos pacientes e uma sensação de dever cumprido ao garantirmos que recebessem as doses do medicamento em nosso hospital, trazendo mais conforto, comodidade e segurança para os pacientes”, explica Michelly.
RESULTADOS
A mãe dos gêmeos, Matheus e Haniel de 1 ano e 10 meses, que receberam as doses de palivizumabe no HMC, acompanhou os filhos durante o tratamento e hoje percebe os resultados. “Nós tivemos uma trajetória bem delicada por conta da prematuridade e, assim como todos os tratamentos foram todos muito eficazes, o palivizumabe entrou na vida dos meus filhos com grande importância. É nítido o resultado, e faz toda a diferença na vida deles. Somos muito gratos”, conclui Lorena Silveira de Oliveira.
O HMC tornou-se, em 2018, polo de aplicação do medicamento trazendo alívio para os pacientes do Vale do aço que antes tinham de ser encaminhados para unidades hospitalares em Governador Valadares e Belo Horizonte. Desde que começou a realizar as aplicações, o Hospital Márcio Cunha já atendeu 147 pacientes que se enquadram nos critérios, evitando que as infecções evoluam de um resfriado comum para quadros de bronquiolite e pneumonia.