Os testes rápidos para detectar a leishmaniose visceral em cães estão temporariamente suspensos em Ipatinga, por falta de material. O desabastecimento ocorre porque o Ministério da Saúde não está enviando a quantidade de kits necessários para a realização do exame
IPATINGA – A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Mara Fernanda Andrade, informou que o município coleta, em média, cerca de 500 testes por mês. “A previsão é que o material para os testes chegue à Secretaria de Estado da Saúde entre quarta ou quinta-feira da próxima semana. Então, acreditamos que até o início de março o serviço já esteja disponível”, disse.
CASOS
Em 2019, o Centro de Controle de Zoonoses realizou 5.930 testes rápidos para detectar a leishmaniose visceral em cães. Deste total, 1.599 deram positivo para a doença. Em humanos, foram notificados, no ano passado, 31 casos de leishmaniose tegumentar americana e 58 de leishmaniose visceral. “A transmissão de LV em Ipatinga iniciou em 2011, com número crescente de casos. A Secretaria de Saúde considera o município endêmico para a doença, já que nos últimos cinco anos 19 pessoas morreram em decorrência da leishmaniose visceral”, comentou Mara Fernanda.
PREVENÇÃO
A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do combate ao mosquito transmissor. É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que diz respeito à higiene ambiental. Essa limpeza deve ser feita por meio de:
- Higienização periódica dos quintais – retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem).
- Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos.
- Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite. Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais).