Ato foi organizado pelo Grêmio Estudantil CEFET/MG Campus Timóteo após confisco na pasta da educação assinado pelo Ministério da Economia no início de outubro. Manifestações ocorreram em todo o país
TIMÓTEO – Entoando palavras de ordem “Educação não é esmola, governo tira a mão da minha escola”, “não é mole não, o nosso dinheiro vai para pagar o centrão”, estudantes protestam na tarde desta terça-feira em frente ao Campus e nas ruas principais do Centro Norte da cidade.
Os estudantes se organizaram contra os sucessivos cortes orçamentários no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Medidas, adotadas para abastecer o chamado “orçamento secreto”, que afetam a rede federal como um todo – universidades, institutos de formação profissional e tecnológica e bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado e doutorado.
RECUO
Por meio do ministro da Educação, Victor Godoy, o governo anunciou recuo no início do mês, na tentativa de desmobilizar os estudantes. Mas os estudantes decidiram manter os atos em defesa da educação. Na semana passada o governo Bolsonaro voltou a editar três portarias, abrindo espaço no orçamento para os ministérios da Economia, do Desenvolvimento Regional e do Trabalho e Previdência bloquearem recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o principal financiador da ciência no pais, o que inclui bolsas de pós-graduação.
EDUCAÇÃO COMO DIREITO
“Temos convicção que o direito à uma educação pública, gratuita e de qualidade é inalienável. Não negociamos as nossas conquistas que levaram décadas para garantir universidades públicas espalhadas pelo território brasileiro. O confisco na educação tem impacto direto nos recursos de assistência e permanência estudantil nos institutos federais, como transporte, alimentação, acesso à internet, bolsas de estudo, por isso estaremos permanentemente nas ruas contra os inimigos da educação”, disse o presidente do Grêmio Estudantil, Diego Alves.
Outras manifestações estão sendo convocadas, assim como mobilizações nas redes sociais. Segundo a Diretora de Comunicação Luísa Rufino: “A turma inimiga da educação está desesperada, mandou toda a tropa de choque da fake news para desmentir o confisco. Mas felizmente, os estudantes já estão mobilizados em todo Brasil. Ninguém mandou mexer com a educação”, disse.
Como parte da programação, os alunos promoverão também atos virtuais com as hashtags: #Universidadeeudefendo, #educaçãoeudefendo, #cienciaeudefendo, #confisconaeducação, #tiraamãodomeucefet sobre a importância da educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade para o país”.
