IPATINGA – Os (as) professores (as) da rede estadual de ensino, em greve desde a última quarta-feira feira (9), realizam na próxima quarta (16) uma nova assembléia em Belo Horizonte para decidir os rumos do movimento. Os (as) educadores (as) reivindicam o pagamento do Piso Salarial Nacional, que não está sendo cumprido pelo governo Zema. Na última sexta-feira, os professores da macrorregião do Vale do Aço fizeram uma manifestação em frente à sede da Superintendência Regional de Ensino (SRE) em Coronel Fabriciano. O movimento reuniu educadoras (es) de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso.
A diretora do SindUTE, Subsede de Ipatinga, Isaura Carvalho, destacou que os atos foram realizados em todas as Superintendências de Ensino de Minas. “Estes atos estão acontecendo em todas as Superintendências Regionais de Ensino, em todas as regiões do estado, que são órgãos de representação do governo do estadual. Estamos mostrando mais uma vez para a sociedade e para o governador Romeu Zema que a categoria está mobilizada, reivindicando o piso salarial que está na lei, que é direito dos trabalhadores e trabalhadoras. Também estamos pedindo aos deputados e deputadas de todas as regiões que votem ‘não’ ao regime de recuperação fiscal”, sublinhou a Isaura.
FORA DA LEI
O professor Marcos Rogério que participou do movimento lembrou a vigência do Piso Salarial Nacional. “Aqui em Minas, em especial, desde 2018, nós temos na Constituição estadual a garantia de recebermos o piso correspondente a 24 horas semanais trabalhadas. O governador afirma que paga, só que de forma proporcional, mas isso não está na lei, não está escrito na lei, então, de certa forma, ele está fora da lei, porque não cumpre aquilo que está na própria Constituição mineira. Ele (Zema), como chefe do Executivo, deveria ser o primeiro a acatar”, diz o professor.
NOVA ASSEMBLÉIA
Os professores entraram em greve na quarta-feira (9) por tempo indeterminado. Entretanto, o Tribunal de Justiça determinou que os servidores da rede estadual de ensino encerrem a paralisação, sob risco, em caso de descumprimento, de pagamento de multa de R$ 100 mil/dia pelo SindUTE. A decisão é do desembargador Raimundo Messias Jr. e foi tomada na quarta-feira, mesmo dia de início da greve. O Relator concedeu prazo de 5 dias para que o SindUTE faça sua contestação. O SindUTE recorreu da decisão e manteve o movimento até a assembléia da categoria, marcada para o próximo dia 16 (quarta-feira), quando decidirá os rumos do movimento.