(*) Thales Aguiar
Caros leitores, convenhamos que o liberalismo em país de terceiro mundo é um fiasco, um verdadeiro conto de fadas. Sem garantia dos direitos básicos constitucionais, sem empregabilidade e uma mísera renda per capita de um salário mínimo, é insustentável o discurso do livre mercado. Seguimos acompanhando a tragédia das privatizações das grandes empresas estatais que sustentam o orçamento do país. Uma economia da retração com menos investimento na qualidade de vida do cidadão e nos setores das indústrias nacionais e de atividades dos serviços comerciais. Pensemos que países de primeiro mundo tem um fator determinante para a tentativa do liberalismo, que é a equidade econômica, a distribuição justa da riqueza entre os membros de uma sociedade, a moderação nos preços e a justiça no que diz respeito às cláusulas de um contrato.
Seguindo a interpretação da economista Maria da Conceição Tavares “A economia que não se preocupa com a justiça social é uma economia que condena os povos a isso que está ocorrendo no mundo inteiro, uma brutal concentração de renda e de riqueza, o desemprego e a miséria. (…) Isso é coisa de tecnocrata alucinado, que acha que está tudo ok, e não está nada ok. ….. De todos os direitos, (o livre pensar) é o que tem sido mais recorrentemente violado.”
O atual Brasil e seus governantes representam a alma de um monstro assustador, com expressão de medo, uma criatura, como tal, que causa terror a todo o momento. Acreditam em um liberalismo inócuo, manso e inofensivo. A figura de um presidente ignóbil e de um Fake Ministro da Economia que cuida do país, um patriota, investindo em paraísos fiscais e achincalhando a população. Destaco que essas são somente as rebarbas que aparecem para todos nós. Imaginem o que acontece nos bastidores das elites reacionárias? É fato que uma pequena parte da população com a realidade obscurecida pela desinformação e pela alucinação, opta por seguir esses tenebrosos exemplos, e não é atoa que o mercado dos profissionais da psicologia e psiquiatria está em alta.
A figura do dito atual presidente, é acertada a todos que querem manter a ideologia do Brasil Colônia, inferiorizando a maior parte de vidas que são mantidas na condição existencial de escravidão, aliás, não só de escravidão, mas das muitas prisões sociais. Caminhamos acelerando ao ponto de sermos um mero exportador de matéria prima bruta sem nenhum valor agregado, na verdade já somos. Representamos um amontoado de ruínas com o povo roendo ossos, solicitando esmolas para a sua sobrevivência e é aí que entra a corrupção.
(*) Thales Aguiar é jornalista e escritor.