BH – O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vai finalizar, nos próximos dias, o resgate de espécies e controle de impactos ambientais sobre a flora local da na área onde será construída a nova ponte sobre o Ribeirão Prainha, na BR-381/MG. Os trabalhos ambientais estão sendo realizados pelo consórcio Skill-MPB Engenharia, Gestora Ambiental contratada pela autarquia para atuar na duplicação da rodovia federal.
DEMOLIÇÃO
A área da nova ponte está recebendo o corte de toda a vegetação que fica na parte inferior da atual ponte, que será demolida para a construção de uma nova estrutura. A frente de obras está localizada no km 315,3 da BR-381, no município mineiro de Antônio Dias, dentro do lote 3.1 da duplicação.
De acordo com a Gestora Ambiental cerca de 150 plantas, de várias espécies, já foram retiradas de dentro do espaço de corte da mata e transplantadas para locais próximos, dentro da vegetação ciliar do Córrego Prainha. Segundo o engenheiro agrônomo da Gestora Ambiental, Arthur José Mendes Pamponet, a quantidade de plantas resgatadas e realocadas vai aumentar. “Atualmente, aproximadamente mais de 150 exemplares já foram remanejados, mas estes quantitativos poderão ser ainda maiores até o final da atuação da equipe de flora nesta fase da obra”, afirma o engenheiro.
ESPÉCIES
Dentre as espécies coletadas estão indivíduos das famílias Araceae, Bromeliaceae e Orchidaceae [aráceas, bromélias e orquídeas]. “Ou seja, plântulas e plantas foram coletadas da área diretamente afetada (ADA) e relocadas à área de influência direta (AID), no entorno da própria mata ciliar do córrego do Prainha, onde a mata atlântica local encontra-se bem preservada”, diz Pamponet. Ainda há diferentes espécies de samambaia e árvores jovens nativas (gameleira, jerivá, ingá, marinheiro, entre outras) que também já foram relocadas pela equipe da gestora.
A catalogação de todo o material remanejado da área de corte de vegetação, dentro da frente de obras na ponte do Ribeirão Prainha, será completada somente depois de toda a supressão e remoção da biomassa vegetal. “É importante lembrar que a identificação das espécies requer análises complexas, o que demanda tempo”, diz Pamponet.