RIO – A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou que vendeu 56 milhões de ações preferenciais da Usiminas, reduzindo sua fatia para 10,07% desta classe de papéis. A informação é do InfoMoney.
“A companhia avaliará alternativas estratégicas para a destinação dos recursos financeiros provenientes dessa venda”, disse a CSN por meio de fato relevante. Segundo cálculos da Reuters, a operação movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão, de acordo com cálculos da Reuters com base no preço de fechamento do papel na B3, de R$ 23,14 cada.
ALTA
O Cade já havia determinado que a CSN deveria se desfazer das suas ações da Usiminas, contudo, com a grande desvalorização da companhia nos últimos anos, a CSN conseguiu postergar o prazo. As ações da Usiminas subiram 147% desde 2020 (alta de 407% nos últimos 12 meses) impulsionadas pela forte demanda por aço e minério de ferro. Os analistas da XP possuem recomendação de compra para CSN, com preço-alvo de R$ 55 por ação.
VALE E SIDERÚRGICAS
Os futuros do aço e do minério de ferro de referência na China tocaram máximas históricas na segunda-feira, em meio a uma demanda robusta e preocupações com a oferta, além de expectativas de alta na inflação que também ajudaram a alimentar compras especulativas.
Os índices de utilização da capacidade dos altos-fornos em 247 siderúrgicas pela China saltaram para 90,59% na semana passada, maior nível desde o início de março, mostraram dados da consultoria Mysteel.
Os futuros mais ativos do minério de ferro na bolsa de commodities de DalianDCIOcv1, para entrega em setembro, saltaram 10%, para máxima recorde de 1.326 iuanes (US$ 206,30) por tonelada.
Na bolsa de Cingapura, o contrato junho do minério de ferro SZZFM1 subiu 9,5%, para 224,65 dólares por tonelada.
“Atualmente, participantes do mercado estão negociando derivativos de minério de ferro como criptomoedas… não com base nos fundamentos, só pela força do momento”, disse Atilla Widnell, da Navigate Commodities.
Os preços do aço na bolsa de futuros de Xangai e os mercados spot também foram apoiados pelo aumento nos custos das matérias-primas.