domingo, outubro 6, 2024
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Confiança dos pequenos negócios mineiros despenca em março

É o pior resultado do ano para o ISCON, índice do Sebrae que mede o ânimo e as expectativas do segmento 

BH – A confiança dos pequenos negócios mineiros com a atividade econômica despencou em março. O ISCON (Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios) caiu 17 pontos em relação a fevereiro, variando de 109 para 92. É o pior resultado do índice este ano, tendo o Comércio como o setor menos confiante (87), uma queda de 23 pontos quando comparado ao mês anterior. O levantamento ouviu 1.330 empreendedores entre 6 e 15 de março.

MICRO E PEQUENAS

A pesquisa confirma que as micro e pequenas empresas do Comércio foram as mais afetadas pelas recentes medidas restritivas adotadas para conter o avanço da pandemia no estado. “De acordo com o levantamento, 43% desses estabelecimentos estavam sofrendo restrição total ou parcial de funcionamento no período, com impactos significativos no faturamento dos negócios”, explica a analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas Paola La Guardia.

O ISCON é calculado com base em dois indicadores: o ISE (Índice de Situação Esperada), que mede as expectativas dos empresários para os próximos três meses, e o ISR (Índice de Situação Recente), que considera as avaliações em relação aos últimos três meses. Um ISCON maior que 100 indica tendência de expansão da atividade, igual a 100, tendência de estabilidade e, menor que 100, de retração. 

O ISR de março caiu 12 pontos (de 72 para 60) em relação a fevereiro, mas a queda maior ocorreu no ISE, em 18 pontos (de 127 para 109).  “O ISE tem um peso duas vezes mais relevante para o resultado do ISCON do que o ISR”, explica Paola La Guardia. 

CONSTRUÇÃO

A queda da confiança dos pequenos negócios foi registrada em todos os setores, inclusive na Construção Civil, que é o setor mais confiante desde o início da série histórica do indicador, em novembro do ano passado. Porém, sua queda foi a mais suave (3 pontos) e, por isso, o setor se destacou ainda mais em relação aos demais, com um ISCON de 122 pontos. A Construção Civil foi, inclusive, o único setor a ter expectativas otimistas para o crescimento da atividade em março. O ISCON da Indústria foi de 94 e o de Serviços, 90, uma queda de 18 e 13 pontos, respectivamente, em relação a fevereiro.

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