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Com cloroquina e sem Regina, agora vai

(*) Fernando Benedito Jr.

Resolvido o problema da cloroquina com a mudança de protocolo que libera seu uso em casos leves e o de Regina Duarte na Secretaria Especial de Cultura, o governo está liberado para começar a trabalhar no combate à pandemia do novo coronavírus e na melhoria da economia nacional, se esses comunistas duma figa deixarem. Bolsonaro também pode aproveitar o bom momento do governo, já que os comunistas da oposição não tem mais do que reclamar, e nomear um ministro da Saúde que seja médico e entenda um pouquinho de infectologia para tentar deter o avanço do vírus e das mortes, porque o general também não está dando conta do problema – mas, é general, então, não tem problema. Outra coisa que ele podia fazer é deixar de falar besteira e governar, de preferência sem precisar fazer negociatas com o Centrão nem piadas ridículas de tiozão, para não ferir sua preciosa agenda anti-política, diferente disso tudo que está aí, e não encher o saco das pessoas. Também podia falar com o ministro do STF, mesmo não sendo sua alçada, para liberar o vídeo.

Neste novo e rico momento, com cloroquina e sem Regina, sem Moro, sem Mandetta, sem Teich (esses chatos que ficam atrapalhando o governo), e com um tanto de generais, o governo Bolsonaro, também podia ver com Paulo Guedes se tem como melhorar o desemprego, fabricar e vender coisas, abrir lojas da Havan, da Madero, da Polishop, da Cacau Show e da Copenhague, todas essas coisas boas para o País e para as pessoas. Com o Abraham Weintraub podia analisar a possibilidade de adiar o Enem. Com o novo ministro da Justiça podia pedir para a milícia carioca parar de matar meninos como o João Pedro e com a ministra dos Direitos Humanos podia ver se tem jeito de ensinar bons modos aos assassinos fardados do Rio de Janeiro.

Como se vê, com a saída de Regina e a chegada da cloroquina, muita coisa pode ser feita neste país de dimensões continentais. É só começar que vai dar tudo certo. Tem que ser otimista, jogar para cima, apostar no futuro e na Pátria. E trabalhar, que sem trabalho, nada acontece, né não. Tem que seguir o exemplo do pai, dos filhos e do Espírito Santo que agora vai. Força, Brasil!

(*) Fernando Benedito Jr. é editor do Diário Popular.

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