segunda-feira, novembro 25, 2024
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CCJ do Senado aprova indicação de Aras por 21 a 6; decisão vai ao plenário

BRASÍLIA – A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou a indicação do procurador-geral da República, Augusto Aras, para um novo mandato de dois anos à frente da instituição. A comissão foi favorável ao nome de Aras por 21 votos a 6. Agora o nome do PGR será submetido ao plenário da Casa, em votação que deve ocorrer ainda hoje. Para ser aprovado e nomeado para a chefia do órgão até setembro de 2023, Aras precisará de 41 votos, ou seja, a maioria absoluta do plenário.

LAVAJATO

Com cerca de seis horas de duração, a sabatina de Aras foi tranquila e teve poucos momentos de pressão sobre o PGR. Aos senadores, ele repetiu várias vezes que evitou “criminalizar a política” em sua atuação, alfinetou a operação Lava Jato e afirmou que deseja “ser lembrado como o procurador que restabeleceu a função constitucional” da PGR. No cargo de PGR desde setembro de 2019, Aras foi indicado no dia 21 de julho para mais um mandato de dois anos. Ao escolher Aras, Bolsonaro voltou a ignorar a lista tríplice da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República), o que desagradou a cúpula da PGR.

ATAQUES À DEMOCRACIA

Desde o fim do mês passado, Aras vem sofrendo pressões crescentes para agir diante dos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral. O PGR foi cobrado por três ministros do STF para que se posicionasse sobre as declarações do presidente, sem provas, de que houve fraude em eleições anteriores. Na sabatina, Aras negou ter se omitido sobre as falas de Bolsonaro e as repetidas aglomerações promovidas pelo presidente sem o uso de máscaras de proteção contra a covid, entre outros temas.

“Um número crescente de representações criminais tem chegado todos os dias à PGR, muitas veiculando uma tentativa de criminalização de atos políticos ou de manifestações críticas, algumas, inclusive, acobertadas pela imunidade parlamentar”, criticou Aras. “Eu me recuso a fazer política, porque eu acho que é covardia usar a caneta para criminalizar a política”, completou.

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